O famoso “dente do juízo”, o siso recebe este nome, pois é o último a nascer, normalmente entre os 16 e os 20 anos de idade e nem sempre nasce igual aos demais dentes da boca, causando dor e sendo inevitável a sua extração em uma clínica odontológica. No entanto, é necessário buscar profissionais que realmente saibam o que estão fazendo, caso contrário uma simples extração de dente pode causar sérios problemas à saúde. Continue lendo para saber mais sobre como “perder o juízo” sem perder a saúde.
O que é o siso?
Se você já ouviu aquela brincadeira de alguém mais velho de que quem tira o siso “perde o juízo”, deve saber o quão temida é a hora de se tirar o infame siso ou, na linguagem popular, o dente do juízo.
Os sisos são os terceiros molares que se formam por volta dos 15 anos e ficam aparentes na boca cerca de três anos mais tarde. No entanto, a evolução fez os seres humanos não precisarem mais dos dentes extras, com algumas pessoas até mesmo nascendo sem eles.
Com isso, quando o novo dente começa a emergir, o ortodontista avalia, por meio de exames de imagem, se ele está na posição correta, sem afetar nervos e estruturas próximas, e se há espaço na boca para o seu nascimento. Quando não há empecilhos, geralmente não é recomendada a extração. Porém, quando o dente traz riscos, pode ser indicada a remoção. E é nesta hora que os cuidados precisam ser redobrados na hora da procura pelo profissional qualificado para esta missão. Saiba mais abaixo sobre os riscos e como proceder para uma extração segura do siso.
Os riscos da retirada do siso
Todos os sisos podem inclusive ser removidos de uma só vez. Mas, como é uma cirurgia, há riscos envolvidos no processo, como sangramentos, lesões nos nervos dos dentes e infecções no local, o que pode, em raros casos, causar até mesmo a morte.
Segundo especialistas, é preciso analisar a situação da boca do paciente de uma forma geral, para identificar possíveis ‘infecções ‘situações adicionais’ antes do procedimento cirúrgico de extração do dente siso. Quadros de gengivite e cárie precisam ser tratados de forma prioritária para que não haja risco de contaminação na cirurgia do siso, já que a região será exposta e patógenos como bactérias e vírus podem infectar o local. Se caírem na corrente sanguínea, eles podem ainda levar a infecção para outras partes do corpo, agravando consideravelmente o quadro.
Quando acender o alerta?
Algumas pessoas que têm doenças que afetem a coagulação sanguínea, por exemplo, são expressamente desaconselhadas a passarem por esse tipo de cirurgia. Além disso, os especialistas reforçam a importância de o procedimento ser realizado com profissionais da odontologia devidamente capacitados para fazer a extração e em locais adequados, para reduzir o risco.
Mas se o paciente está apto para passar pelo procedimento de extração também é importante se atentar aos cuidados e sinais que potencialmente podem aparecer durante o pós-operatório. Dor e inchaço decorrentes da operação começam a regredir depois de 24 a 48 horas. Mas, em caso de sintomas como febre alta, sangramento excessivo, dor intensa que não passa com medicamentos, dor que irradia para outras regiões da face ou do pescoço e inchaço que não reduz, ou que até mesmo aumenta, depois desse período, a orientação é buscar a avaliação do dentista que pode identificar se é um caso de infecção, e dar início ao tratamento.
Sem juízo, sem medo
Em conclusão, embora os riscos possam soar como um alerta, os especialistas reforçam que, se todos os cuidados forem seguidos, é um procedimento seguro e que as complicações são raras. Entre os cuidados importantes estão realizar a cirurgia com um profissional adequado e no local apropriado, seguir as orientações do pós-operatório, como ingerir os medicamentos recomendados pelo profissional, não fumar, não realizar escovações excessivas ou movimentos bruscos com a boca, evitar esforço físico, manter a área higienizada, entre outros.