URGENTE! Refrigerante zero é “possivelmente” cancerígeno; nova definição da OMS choca os consumidores

Um dos adoçantes mais populares do mundo foi posto em cheque recentemente pela Organização Mundial de a Saúde (OMS), após estudos mostrarem indícios de que a substância pode ter potencial cancerígeno. O produto é comumente usado em alimentos e bebidas com fins dietéticos, como refrigerantes ‘zero’ e doces, com o intuito da pessoa não consumir açúcar, no entanto as descobertas recentes apontam realidades ainda mais preocupantes. Saiba qual produto é esse e os riscos que ele pode causar à saúde a seguir.

Aspartame, adoçante contido em refrigerantes zero açúcar pode causar câncer, diz OMS. Foto: Reprodução / Pexels

O vilão cancerígeno

Se você já consumiu algum alimento ou bebida de baixa caloria e com fins dietéticos, certamente já leu o nome Aspartame no verso da embalagem. Também contido em adoçantes colocados em cafés e sucos e até mesmo em receitas de doces, a substância recebeu um sinal amarelo da Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo um produto “possivelmente cancerígeno”, apesar de, se consumido em níveis moderados, ser considerado seguro, segundo o órgão.

As decisões são resultado de dois painéis de especialistas da OMS: um deles sinaliza se há alguma evidência de que uma substância é um perigo potencial; o outro avalia quanto de risco real essa substância realmente representa.

Entretanto, em uma coletiva de imprensa antes do anúncio, o chefe de nutrição da OMS, Francesco Branca, sugeriu que os consumidores, se possível, não utilizem nem aspartame, nem o adoçante, pontuando que o consumo de água sempre será mais saudável.

Segundo informações da CNN, em sua primeira declaração sobre o aditivo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), com sede em Lyon, na França, pontuou que o aspartame é um “possível carcinógeno”. Essa classificação significa que há evidências limitadas de que uma substância pode de fato causar câncer.

Leia mais: ESTES 4 alimentos são ÓTIMOS para uma dieta e você nem imaginava

Qual o nível seguro para o consumo do Aspartame?

Segundo o Comitê Conjunto de Aditivos Alimentares (JECFA) da OMS e da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com sede em Genebra, não há evidências convincentes dos danos causados pelo aspartame, entretanto o recomendável é que as pessoas mantenham seus níveis de consumo de aspartame abaixo de 40mg/kg por dia. O JECFA estabeleceu esse nível pela primeira vez em 1981, e os reguladores em todo o mundo têm orientações semelhantes para suas populações.

Já a OMS destacou que os níveis de consumo existentes significam, por exemplo, que uma pessoa com peso de 60 a 70 kg teria que beber mais de 9 a 14 latas de refrigerante diariamente para ultrapassar o limite, com base no teor médio de aspartame nas bebidas – cerca de 10 vezes o que a maioria das pessoas consome.

A vez da oposição

Nem toda afirmativa é unânime e em debates sobre riscos à saúde não poderia ser diferente. Vários cientistas não associados às análises disseram que as evidências que ligam o aspartame ao câncer são fracas. As associações da indústria de alimentos e bebidas, por exemplo, afirmaram que as decisões mostraram que o aspartame é seguro e uma boa opção para pessoas que desejam reduzir o açúcar em suas dietas.

Evidência limitada

A Reuters informou pela primeira vez em junho que a IARC colocaria o aspartame no grupo 2B como um “possível carcinógeno” ao lado do extrato de aloe vera e dos tradicionais vegetais asiáticos em conserva.

O painel da IARC informou que tomou essa decisão com base em três estudos em humanos nos Estados Unidos e na Europa, que indicaram uma ligação entre o carcinoma hepatocelular, uma forma de câncer de fígado, e o consumo de adoçantes, o primeiro dos quais foi publicado em 2016.

Ainda observou que evidências limitadas de estudos anteriores com animais também foram um fator, embora os estudos em questão sejam controversos. Houve também algumas evidências limitadas de que o aspartame tem algumas propriedades químicas ligadas ao câncer, disse a IARC.

Nigel Brockton, vice-presidente de pesquisa do Instituto Americano para Pesquisa do Câncer, ressaltou que a pesquisa sobre o aspartame assumirá a forma de grandes estudos observacionais que levam em consideração qualquer ingestão de aspartame.

Alerta pode aumentar número de obesos

Alguns médicos expressaram preocupação de que a nova classificação de “possivelmente cancerígena” possa influenciar os consumidores de refrigerante diet a mudar para bebidas açucaradas calóricas.

Therese Bevers, diretora médica do Centro de Prevenção do Câncer da Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, em Houston, disse que “a possibilidade de ganho de peso e obesidade é um problema muito maior e um fator de risco maior do que o aspartame jamais poderia ser”.

Conclusão

A análise conclusiva da OMS “mais uma vez afirma que o aspartame é seguro”, segundo reforçou Kate Loatman, diretora-executiva do Conselho Internacional de Associações de Bebidas, com sede em Washington.

“O aspartame, como todos os adoçantes de baixa ou nenhuma caloria, quando usado como parte de uma dieta balanceada, oferece aos consumidores a opção de reduzir a ingestão de açúcar, um objetivo crítico de saúde pública”, disse Frances Hunt-Wood, secretária-geral da International Sweeteners Association, com sede em Bruxelas.

Leia mais: Qual é o novo remédio que promete reduzir o risco de câncer de pulmão?