NOVO Minha Casa, Minha Vida: posso comprar mais de UMA CASA?

Regras do Minha Casa, Minha Vida – Em meio ao panorama de incertezas, o retorno do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida traz consigo uma série de alterações que buscam ampliar a inclusão habitacional. No entanto, muitas dessas mudanças ainda estão em processo de avaliação pelo Congresso, levantando um questionamento crucial: vale a pena aguardar pelas novas regras para dar entrada no financiamento de um imóvel?

NOVO Minha Casa, Minha Vida: posso comprar mais de UMA CASA?
O programa Minha Casa, Minha Vida oferece oportunidades de financiamento de imóveis, mas as regras ainda estão sendo definidas. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Novo Minha Casa, Minha Vida: conheça as mudanças

Com previsão de aprovação para os próximos meses, o programa passa por uma revisão que poderá modificar alguns parâmetros de financiamento. Entre os pontos de discussão estão a definição do valor máximo das residências a serem financiadas e a possível inclusão de regras específicas para a compra de imóveis usados.

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Essas mudanças, embora ainda não totalmente definidas, prometem beneficiar uma parcela maior da população. A expectativa é que a ampliação do valor máximo de financiamento e a possibilidade de adquirir imóveis usados atraiam um número maior de potenciais compradores.

Porém, especialistas no setor imobiliário, como Daniela Ferrari, coordenadora do Comitê de Habitação Popular do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), afirmam que a nova legislação não deve alterar significativamente o cenário atual. Portanto, o conselho é não postergar a decisão de financiar um imóvel baseado somente na expectativa dessas mudanças.

Além disso, existe a possibilidade de que as propostas de modificação não sejam aprovadas, prolongando ainda mais o processo. Isso pode levar os interessados a perder tempo, uma vez que o procedimento para obter um imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida é considerado longo.

Entre as novidades já anunciadas no programa, destacam-se o retorno da Faixa 1, agora destinada a famílias com renda bruta de até R$ 2.640 – um aumento em relação à exigência anterior de R$ 1.800. Esse ajuste permite que um número maior de famílias possa se beneficiar dos descontos oferecidos nessa faixa.

Outra inovação importante é a possibilidade de financiamento de imóveis usados, um benefício até então inexistente no Minha Casa, Minha Vida.

O novo formato do programa propõe três faixas de renda para as áreas urbanas e três para as áreas rurais. Importante ressaltar que benefícios sociais, como Bolsa Família e seguro-desemprego, não são levados em consideração como parte da renda na solicitação de participação no programa.

Para as áreas urbanas, a faixa de renda bruta mensal familiar foi definida da seguinte maneira: a Faixa 1 abrange renda de até R$ 2.640, a Faixa 2 compreende renda de R$ 2.640,01 até R$ 4.400, e a Faixa 3, de R$ 4.400,01 até R$ 8.000. Nas áreas rurais, a renda é calculada de forma anual, sendo a Faixa 1 até R$ 31.680, a Faixa 2 de R$ 31.680,01 até R$ 52.800 e a Faixa 3 de R$ 52.800,01 até R$ 96 mil.

Sob a nova configuração do programa, além dos imóveis prontos e novos ou empreendimentos ainda na planta, imóveis usados passarão a ser financiáveis. Isso se aplica tanto para áreas urbanas quanto rurais, possibilitando uma gama mais ampla de opções para os futuros compradores.

Contudo, até o presente momento, o governo não divulgou os novos valores dos imóveis a serem oferecidos no Minha Casa, Minha Vida. Até que essas definições ocorram, estão sendo financiados imóveis com valor máximo de R$ 264 mil. Ademais, ainda não está definida a ajuda que o governo irá fornecer. Anteriormente, famílias com rendimentos de até dois salários mínimos tinham acesso a subsídios que podiam cobrir até 95% do valor do imóvel.

Como contratar o financiamento

Para os interessados em contratar o financiamento pelo programa, existem dois processos diferentes dependendo da faixa de renda da família. Na Faixa 1, as famílias que se enquadram são sorteadas para receber os imóveis. Para participar do sorteio, as famílias precisam se cadastrar na prefeitura da cidade onde residem, após o que os dados fornecidos serão validados pela Caixa. Assim que essas informações forem validadas, as famílias ficarão habilitadas a participar do sorteio de moradias. Ao serem contempladas, serão informadas sobre a data e os detalhes necessários para a assinatura do contrato de compra e venda do imóvel.

Já as famílias que se encaixam nas Faixas 2 e 3 não precisam participar do sorteio. Eles devem possuir uma renda bruta mensal de até R$ 8.000. Neste caso, a família deve primeiro escolher a unidade em que deseja morar e fazer uma simulação no site da Caixa para saber detalhes sobre prazos, condições e entender qual proposta se encaixa no orçamento familiar. Seja para imóveis novos ou em construção, o financiamento pode ser feito por meio de uma construtora ou associação participante do programa Minha Casa, Minha Vida ou diretamente com a Caixa. Para imóveis usados, as regras ainda não foram definidas.

Os juros do financiamento variam de acordo com a faixa de renda familiar. As taxas atuais valem até junho deste ano, quando serão reajustadas. Em todas as faixas, o prazo máximo do financiamento imobiliário é de 35 anos. Vale lembrar que cotistas do FGTS são trabalhadores com conta no fundo por, no mínimo, 36 meses e eles recebem condições diferenciadas.

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