Tarifas mais baratas em corridas – O dinamismo do mercado de transporte compartilhado no Brasil está assumindo um novo rumo, com mais opções de escolha para passageiros e motoristas. À medida que aplicativos de transporte como a 99 expandem suas ofertas com recursos de negociação de preços, tanto motoristas quanto passageiros têm a chance de jogar um papel mais ativo na determinação do custo de suas viagens. Este movimento pode ser um sinal do futuro do transporte compartilhado, à medida que as empresas buscam maneiras inovadoras de atender às demandas dos usuários e fornecer um serviço mais personalizado.
Corridas com tarifas reduzidas?
Esta tendência é impulsionada por empresas como a 99, que está estendendo seu recurso 99Negocia para 36 cidades do país, após um bem-sucedido período de testes iniciado em fevereiro. A novidade é que motoristas e passageiros agora têm a liberdade de negociar o valor da corrida antes de iniciá-la. No entanto, para os usuários do Rio de Janeiro e São Paulo, ainda não há uma previsão concreta de quando essa funcionalidade será lançada nessas metrópoles.
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Não apenas empresas brasileiras estão aderindo a essa tendência. A americana InDrive é uma pioneira nesse sentido, já que a negociação de preços tem sido uma característica distintiva de seu aplicativo desde o seu lançamento. Por outro lado, a Uber, líder do mercado, ainda está explorando essa ideia, realizando testes em países da América Latina vizinhos ao Brasil. Entretanto, ainda não se sabe quando a empresa pretende introduzir esse recurso em território brasileiro.
O mecanismo de negociação de corridas é baseado em um modelo de leilão reverso. O aplicativo propõe inicialmente um valor para a viagem, que é gerado por um algoritmo que considera fatores como a distância e o tempo estimado da viagem. Os passageiros têm a liberdade de aceitar o valor sugerido ou modificá-lo, antes de enviá-lo aos motoristas disponíveis na área. Estes, por sua vez, têm a opção de aceitar ou recusar a oferta do passageiro.
A flexibilidade do sistema permite ajustes tanto para valores maiores quanto menores, dentro de um limite estabelecido pelo algoritmo da 99. Após a oferta do passageiro, os motoristas têm a chance de apresentar uma contraproposta, conforme explica Fabrício Ribeiro, diretor de operações da 99 no Brasil. Se o passageiro optar por recusar a contraproposta, pode procurar outro motorista que aceite a oferta inicial.
Novas localidades
Até o final do mês, cidades como Itapetininga, Limeira e Marília, em São Paulo; Criciúma, em Santa Catarina; Londrina, no Paraná; Divinópolis, Patos de Minas e Poços de Caldas, em Minas Gerais; Campina Grande, na Paraíba; e Porto Velho, no Espírito Santo, devem ver a implementação desse novo recurso.
Esse novo modelo de precificação promete trazer benefícios para todas as partes envolvidas. Ele oferece aos passageiros uma oportunidade de influenciar o custo de suas viagens, enquanto os motoristas ganham mais autonomia para decidir quais corridas aceitam. É uma evolução que não só adiciona um novo nível de personalização ao serviço, mas também tem o potencial de reequilibrar a dinâmica de poder na indústria de transporte compartilhado.
À medida que essas novas características continuam a se espalhar por mais cidades e mais aplicativos, o cenário de transporte compartilhado no Brasil está se transformando. Mas a questão que fica é: como os usuários irão se adaptar e se beneficiar dessas novidades? Só o tempo dirá. Enquanto isso, a jornada em direção a um mercado de transporte compartilhado mais flexível e centrado no usuário está apenas começando.
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