A inteligência artificial está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas no que diz respeito a diversos setores, e a saúde é um deles. Inclusive, um dos objetivos do Ministério da Saúde é permitir que o SUS (Sistema Único de Saúde) trabalhe com tecnologias deste tipo.
E o objetivo para que isso seja feito é um só: fornecer à população um processo muito mais ágil de atendimento, e que tenha mais qualidade.
Uma vez adotado o uso da inteligência artificial se dará por meio do programa SUS Digital, que já está sendo estudado: inclusive, como frisado por Cleinaldo de Almeida Costa, que atualmente dirige o Departamento de Saúde Digital e Inovação da Seidigi-MS, a atuação deste programa se dará de forma completa, desde os atendimentos primários até aqueles de alta complexidade.
Esta afirmação foi feita no último dia 23, terça-feira, durante entrevista concedida à TV Brasil e à Agência Brasil.
Projetos que unem saúde e tecnologia
No que diz respeito à inteligência artificial propriamente dita, de fato pode parecer algo extremamente novo.
Porém, no que diz respeito à tecnologia de modo geral, já existem projetos em andamento no Brasil. A saúde digital dentro das UTIs, por exemplo, começou a ser aplicada durante a pandemia, e, segundo Carlos Carvalho, que dirige o setor de Saúde Digital do Hospital das Clínicas de São Paulo e é professor da USP, os resultados obtidos foram animadores.
Inclusive, no que diz respeito às gestantes de alto risco que são levadas para a UTI, já houve uma redução significativa de mortes, em apenas 6 meses de projeto, frisa Carvalho.
Por outro lado, Carvalho também reforça que o atraso do Brasil em relação à tecnologia nunca esteve tão evidente quanto na época mais crítica da pandemia, isso sem citar a grande defasagem profissional.
Por meio de novas tecnologias (o que inclui a inteligência artificial) estes problemas poderão ser solucionados ainda mais rápido. A telesaúde, por exemplo, ajudará bastante no quesito capacitação.
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Os desafios ligados ao uso da inteligência artificial no Brasil
De modo geral, para que o programa SUS Digital de fato dê certo, é preciso que o Brasil melhore toda a sua infraestrutura de rede, como é reforçado por Cleinaldo de Almeida Costa. A conectividade ainda precisa ser muito bem trabalhada.
Em tempos de avanço tecnológico e de inteligência artificial, também é imprescindível superar o desafio de manter os dados dos pacientes do SUS seguros, como previsto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
E isso sem citar outros desafios que já se fizeram notar.
Agora, em maio, por exemplo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um comunicado afirmando ter entusiasmo com a iniciativa, mas solicitando que exista cautela no que diz respeito ao uso da inteligência artificial, sempre avaliando todos os riscos que ela pode oferecer para a área da saúde.
O comunicado frisa que, uma vez utilizada sem os devidos testes, por exemplo, tal inteligência pode até mesmo levar a erros médicos, além de fazer com que esse tipo de tecnologia perca a credibilidade em todo o mundo.
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