Todo cidadão brasileiro que trabalha com carteira assinada, ou seja, sob as normas da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) possui direito ao famoso FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Trata-se, por sinal, de um dos benefícios garantidos por lei aos nossos trabalhadores que não são Pessoa Jurídica (PJ).
O valor que é acumulado mês a mês, enquanto o cidadão atua na empresa que o contratou, gera um saldo que pode ser usado em diversos contextos, incluindo aqueles ligados a investimentos. Porém, sempre fica a dúvida: será que existe vantagem em sacar esse dinheiro, a fim de investi-lo em uma poupança?
É justamente sobre esse importante assunto que o artigo a seguir está relacionado. Quem possui dúvidas, portanto, não deve deixar de fazer a leitura até o final.
A real diferença entre o FGTS e a poupança
O funcionamento do FGTS ocorre de forma completamente diferente da poupança, e é sempre importante ter isso em mente.
O primeiro segue regras bem específicas, representando sempre 8% do salário mensal do trabalhador: cabe à empresa contratante, por sinal, descontar essa porcentagem e depositá-la da respectiva conta desse Fundo.
E, para a alegria do trabalhador CLT, o FGTS também possui rendimento, que é anual e fixo na taxa de 3%, além da famosa TR (Taxa Referencial). Isso significa basicamente que as condições do mercado, no que diz respeito às finanças, não influencia nos ganhos, que são sempre previsíveis.
A poupança, por sua vez, é uma reserva construída pelo próprio cidadão: ela possui baixo risco, e é uma das formas de investimento mais adotadas pelos brasileiros.
Seu rendimento atual contempla a Taxa Referencial, mais 0,5% por mês, mas isso pode mudar quando há queda na taxa básica de juros: caso ela fique em até 8,5%, o rendimento da poupança será fixado em 70% da taxa Selic (além, claro, da TR).
Por fim, é importante frisar que o rendimento da poupança, portanto, pode ser mais atrativo que o do FGTS, dando ao dinheiro da primeira opção mais chance de crescimento conforme o tempo passa.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, de modo geral, não compensa tanto, em termos de rendimentos e investimentos.
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Afinal: vale a pena usar o dinheiro do FGTS para investir na poupança?
Em resumo, todo trabalhador que escolher sacar o dinheiro do seu FGTS pode estar cometendo um erro, uma vez que esse importante benefício deixará de cumprir seu papel.
Afinal, ele nada mais é do que uma reserva, a ser utilizada em casos de demissões sem justa causa ou compra de imóveis, por exemplo. Logo, uma vez retirado antecipadamente, o dinheiro realmente poderá fazer falta, como nos casos de desemprego.
Isso sem citar o fato acima mencionado, a respeito de, em termos de rendimento, a poupança ser consideravelmente mais vantajosa.
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