No que diz respeito à tecnologia, não há assunto que esteja mais em alta agora no início de 2023 do que o ChatGPT.
A ferramenta tem dividido opiniões ao redor do mundo: há quem acredite que ela já está tirando emprego de milhares de pessoas, sendo uma verdadeira ameaça, e quem acredita que trata-se somente de uma aliada ainda mal compreendida. Mas, uma coisa é fato: é imprescindível prestar a devida atenção às nuances que envolvem essa inteligência artificial, a fim de que se possa identificar até que ponto ela ajuda, e até que ponto atrapalha.
O plágio, por sinal, é um tópico que não deve ser ignorado nesse contexto. Principalmente quando o ChatGPT é utilizado dentro dos ambientes de aprendizado.
O que é o ChatGPT e quais preocupações ele tem causado
Explicando de forma simples e direta, o ChatGPT nada mais é do que uma inteligência artificial: uma espécie de robô que interage com as pessoas e lhes dá as respostas até mesmo para as perguntas mais complexas, sempre em forma de texto.
Até mesmo a produção de conteúdo, como redações, pode ser feita por meio da ferramenta. E é aí que as preocupações começam.
Afinal, o ChatGPT foi treinado com base em bilhões de informações disponíveis na internet, mas em nenhum momento cita as referências de suas criações, como é possível ver no Google, por exemplo.
E também não existem (ainda) outras ferramentas, que sejam capazes de detectar se o que foi escrito pela I.A. contem plágio ou não, principalmente quando se considera o fato de inúmeras alterações podem ser feitas pelo usuário, no texto recebido.
E foi esse motivo, entre outros, que levaram Nova York e França a proibirem o uso dessa ferramenta dentro de algumas de suas instituições de ensino mais renomadas.
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O que os especialistas em educação dizem a respeito
A verdade é uma só: quem é pego cometendo plágio e desrespeitando direitos autorais, seja com o ChatGPT ou não, pode se dar muito mal.
Porém, por conta do contexto apresentado acima, as desconfianças relacionadas a textos plagiados escritos pela ferramenta ao menos por hora não podem passar justamente de desconfianças, uma vez que não há como provar o plágio.
Dentro do contexto da educação, porém, é preciso encontrar garantias de que o aluno de fato está aprendendo o conteúdo, ao invés de simplesmente pegá-lo pronto da internet e/ou decorá-lo para uma prova.
E é nesse ponto que especialistas em aprendizado, como Heloísa Bezerra, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, e Rossandro Klinjey, que é cofundador da plataforma Educa e especialista em educação, concordam.
Na atualidade, não cabe “ficar na neura” por causa de plágio, ou tentar retirar a tecnologia do ambiente educacional. É preciso, sim, buscar novas iniciativas de avaliação e ensino, como a criação de debates, por meio dos quais é preciso notar o que cada aluno de fato absorveu sobre determinado assunto.
O jeito tradicional de ensinar realmente tem perdido espaço. Mas essa é justamente a hora de promover trocas e construir os saberes de outras formas.
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