ATENÇÃO! 16 milhões de cadastros no Bolsa Família passarão por revisão do governo

Em meio a tantas polêmicas envolvendo o Bolsa Família e suas possíveis fraudes – no que diz respeito aos critérios para entrar no programa – será necessário que quase 16 milhões de pessoas passem por uma revisão em seu benefício, a fim de averiguar a situação de cada uma delas, de maneira individual. Infelizmente, o processo pode ser um pouco demorado e só acabar em meados de abril, mas até lá, nenhuma família será retirada do programa de maneira compulsória. Entenda como irá funcionar tudo isso.

Cartão do Bolsa Família
Sujou! Cadastros do Bolsa Família serão revisados, entenda | Imagem: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Várias famílias terão seus benefícios revisados

Atualmente, quase 22 milhões de pessoas fazem parte do Bolsa Família, um dos principais programas de transferência de renda que há atualmente, programa esse que voltará no lugar do Auxílio Brasil. E de todas as pessoas que recebem o benefício, quase 16 milhões irão passar por uma averiguação.

Letícia Bartholo, secretária especial do CadÚnico, informa que quase 16 milhões de beneficiários irão passar por essa revisão, a fim de atualizar a renda mensal da família, para que posteriormente o programa se regularize. Mas como já citado, o processo tende a demorar um pouco para acontecer.

“Temos mais divergências de renda no Cadastro Único identificadas a partir de dados vindos de emprego formal e benefícios previdenciários. O número saltou de 29 milhões de famílias, em dezembro de 2020, para 41 milhões famílias cadastradas, no fim de 2022”, salientou Letícia.

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Suspeitas de fraudes aumentam ainda mais

E infelizmente, a principal suspeita é que isso seja uma fraude. Ou seja, algumas famílias se ‘desmembraram’ com o propósito de receber mais de um benefício ‘por casa’. Isto é, no papel, é apenas uma família, mas na prática, várias famílias, sendo que cada uma recebe um benefício em questão, sendo que deveria receber apenas um.

A hipótese pode ser justificada por 2 fatores, o primeiro, é que de uma hora para outra, cresceu de maneira exorbitante o número de famílias que eram formadas por apenas uma pessoa. Sendo que isso é inviável de ter ocorrido em larga escala, uma vez que o Brasil estava passando por uma crise econômica e sanitária, como tantas pessoas decidiram ir morar sozinhas?

E outro fator que está surpreendendo a todos, pelos números, é a média de pessoas por cada família. Anteriormente a 2020, eram cerca de 3 pessoas por família, mas em um espaço de menos de 3 anos, ela diminuiu para 2,27. E segundo a secretária, não há mudança alguma de âmbito demográfico que justifique tamanha diferença. Por isso, a principal crítica é inerente à maneira que o antigo Governo realizava os cadastros. 

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