Golpe no Bolsa Família: o que fazer quando a Caixa não aprova o estorno?

Cresce o número de fraudes no Bolsa Família: como proteger seu benefício e reverter transações fraudulentas

Nos últimos meses, o programa Bolsa Família tem registrado um aumento alarmante de fraudes, causando grande preocupação entre os beneficiários. Esse auxílio, essencial para milhões de famílias brasileiras, tornou-se alvo frequente de golpistas.

A principal ferramenta utilizada para esses golpes é o aplicativo Caixa Tem, por onde o benefício é repassado. Com isso, muitos beneficiários têm visto seu dinheiro ser desviado por criminosos, aumentando as tentativas de estorno.

Essa situação coloca em risco a sobrevivência de pessoas que dependem do Bolsa Família. Diante disso, a busca por soluções e orientações sobre como recuperar o valor roubado tornou-se urgente.

Se seu Bolsa Família foi roubado e a Caixa negou o estorno, saiba quais passos seguir para recuperar seu benefício e proteger seus direitos.(Foto: Jeane de Oliveira/colunadamanha.com.br).

Fraudes no Caixa Tem: um cenário de insegurança

O aplicativo Caixa Tem, utilizado para o pagamento do Bolsa Família, tem sido alvo recorrente de criminosos que buscam explorar brechas de segurança. As fraudes mais comuns envolvem o roubo de informações pessoais e financeiras dos usuários por meio de links maliciosos enviados via SMS, e-mail ou redes sociais.

Criminosos usam o nome da Caixa Econômica para enganar beneficiários com links maliciosos, que instalam spyware nos dispositivos. Esse software permite o acesso remoto às contas do Caixa Tem, facilitando o roubo do benefício, transferido para contas fraudulentas.

A Caixa tem alertado constantemente os beneficiários para que nunca forneçam suas senhas ou informações pessoais por meios não oficiais, ressaltando que a instituição jamais pede senha e assinatura eletrônica na mesma página.

Golpes presenciais nas agências bancárias

Além disso, outro tipo de golpe tem ocorrido diretamente nas agências bancárias, onde criminosos se fazem passar por funcionários ou prestadores de serviços para enganar os beneficiários.

Esses golpistas oferecem “ajuda” para resolver problemas no Caixa Tem, mas, na verdade, estão buscando roubar dados pessoais e senhas.

Portanto, é essencial que os beneficiários verifiquem a autenticidade de qualquer comunicação recebida em nome da Caixa e estejam atentos a movimentações suspeitas.

Como evitar os golpes no Bolsa Família

A Caixa Econômica Federal tem reforçado as orientações para evitar que os beneficiários sejam vítimas de fraudes. Algumas das principais recomendações incluem:

1. Nunca clicar em links recebidos via SMS, e-mail ou redes sociais que não sejam oficialmente enviados pela Caixa.
2. Manter o aplicativo Caixa Tem atualizado, garantindo que possíveis falhas de segurança sejam corrigidas.
3. Não compartilhar informações pessoais, como número do CPF ou senha, com terceiros.
4. Utilizar senhas fortes e únicas para o aplicativo Caixa Tem, além de ativar a verificação em duas etapas sempre que possível.


Essas medidas simples podem ajudar a reduzir o risco de ser vítima de fraudes, protegendo não apenas o benefício, mas também a privacidade dos dados pessoais dos usuários.

Como solicitar o estorno de transações fraudulentas do Bolsa Família

Infelizmente, mesmo com todos os cuidados, muitas pessoas têm relatado o roubo de seus benefícios. Quando isso acontece, é possível contestar a transação diretamente pelo aplicativo Caixa Tem, seguindo um procedimento específico. O processo inclui:

1. Acessar o aplicativo Caixa Tem no celular.
2. Ir até a seção de ajustes no menu principal.
3. Selecionar a opção “minha conta” e, em seguida, clicar em “contestar transação”.
4. Informar o valor roubado e responder às perguntas de segurança solicitadas pelo sistema.

Após essa etapa, a Caixa Econômica Federal irá iniciar uma análise da transação contestada. Se comprovada a fraude, o estorno do valor pode ocorrer em alguns dias.

Contudo, muitos beneficiários têm relatado dificuldades em conseguir a devolução do dinheiro, especialmente devido à demora no processo de análise e à complexidade de alguns casos.

Medidas adicionais em caso de negativa do estorno do Bolsa Família

Caso o estorno não seja liberado após a contestação, é essencial que o beneficiário adote medidas adicionais para garantir seus direitos. O primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência (BO) em até 48 horas após perceber o golpe.

O BO deve incluir todos os detalhes relevantes, como o valor roubado e, se possível, informações sobre a conta para onde o dinheiro foi transferido.

Confira também:

Além disso, o beneficiário deve reunir documentos que comprovem a fraude, como:

– Cópia do PIX realizado pelo golpista (se houver).
– Cópia do RG e CPF.
– Boletim de Ocorrência original.

Com esses documentos em mãos, o próximo passo é comparecer a uma agência da Caixa e solicitar o estorno pessoalmente.

Durante a solicitação, é importante apresentar todas as provas e insistir para que o caso seja reavaliado. A persistência pode ser crucial para a recuperação do benefício.

A importância da orientação jurídica

Em casos em que a Caixa recusa o estorno mesmo com todas as provas apresentadas, pode ser necessário buscar orientação jurídica.

Advogados especializados em direito do consumidor podem ajudar o beneficiário a acionar judicialmente a instituição financeira para garantir que o estorno seja efetuado e os direitos do beneficiário sejam respeitados.

Fraudes no Bolsa Família exigem atenção e ação rápida

A crescente onda de fraudes envolvendo o Bolsa Família e o aplicativo Caixa Tem é um problema alarmante, especialmente para quem depende desse benefício para sobreviver.

Embora a Caixa Econômica Federal tenha adotado medidas para aumentar a segurança, os golpistas continuam a explorar brechas, exigindo dos beneficiários atenção redobrada.

Em caso de roubo, é fundamental agir rapidamente, seguindo os procedimentos indicados e, se necessário, buscar apoio jurídico para reverter a situação.

Para mais informações sobre como proteger seu benefício, consulte as orientações oficiais da Caixa Econômica Federal.

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