Direitos do seu filho: aprenda a solicitar a pensão alimenticia corretamente em 2024

A solicitação da pensão alimentícia é um processo essencial para garantir o sustento de filhos menores de idade ou que ainda não possuem condições de se sustentar sozinhos.

Em 2024, esse direito continua sendo assegurado por lei e se aplica tanto a menores de idade quanto a estudantes universitários até os 24 anos.

A responsabilidade de fornecer esse suporte financeiro, em regra, recai sobre o genitor que não detém a guarda do filho.

No entanto, há uma série de etapas e requisitos que devem ser observados para que o processo seja conduzido da maneira correta.

Vale ressaltar que tanto o pai quanto a mãe podem ser obrigados a pagar a pensão, dependendo de quem.(Foto: Jeane de Oliveira /noticiasmanha.com.br).

Quem tem direito à pensão alimentícia?

A pensão alimentícia é um direito destinado a filhos menores ou dependentes que ainda não conseguem prover seu próprio sustento.

Embora seja comum em casos de divórcio ou separação, também pode ser solicitada em situações onde os pais não viviam em união estável ou casamento. A principal função dessa medida é garantir que a criança ou jovem mantenha seu padrão de vida, mesmo após a separação dos pais.

O valor não é fixo e pode variar de acordo com as necessidades do filho e a capacidade financeira do responsável que deve realizar o pagamento.

Essa flexibilidade é essencial, uma vez que cada família tem uma realidade diferente. Além disso, é importante lembrar que os valores não cobrem apenas alimentação, mas também educação, saúde, vestuário e lazer, entre outras despesas.

Passo a passo para solicitar a pensão alimentícia

O primeiro passo para solicitar a pensão alimentícia é reunir a documentação necessária. Os documentos fundamentais incluem a certidão de nascimento do filho, comprovantes de renda do responsável que solicita a pensão e despesas relacionadas ao filho, como gastos com educação, saúde e alimentação. Essas informações ajudam a demonstrar a real necessidade do valor pleiteado.

Após reunir os documentos, é preciso procurar a Defensoria Pública ou contratar um advogado. A Defensoria auxilia quem não pode pagar por um advogado particular e ajuda a formalizar o pedido de pensão. Em casos de acordo amigável, o processo é mais rápido e o defensor ou advogado formaliza o acordo na Justiça.

Contudo, se não houver consenso entre as partes, o processo segue para o Poder Judiciário. O juiz será responsável por determinar o valor da pensão alimentícia, levando em consideração as necessidades da criança e as possibilidades financeiras do responsável. A decisão judicial é baseada em um princípio de proporcionalidade, visando sempre o melhor interesse do filho.

Qual o valor da pensão alimentícia?

O valor da pensão alimentícia é calculado com base em dois fatores principais: as necessidades do filho e a capacidade financeira do genitor que pagará a pensão. Não existe um valor fixo estipulado pela lei, o que significa que o montante varia de caso a caso.

A Justiça busca equilibrar esses dois fatores para assegurar que o filho tenha o suporte necessário, sem comprometer em excesso a situação financeira de quem paga.

A pensão geralmente corresponde a 20% a 30% da renda líquida do pagador, mas pode variar conforme as circunstâncias. Tanto o pai quanto a mãe podem ser obrigados a pagar, dependendo da guarda e das condições financeiras. A pensão pode ser revisada se houver mudanças nas condições de vida das partes.

O que acontece em caso de não pagamento da pensão?

O não pagamento da pensão alimentícia pode resultar em sérias consequências legais. Se o devedor atrasar ou deixar de pagar, a parte credora pode acionar a Justiça para exigir o cumprimento da obrigação.

O juiz pode, inclusive, decretar a prisão civil do devedor, uma medida prevista pela legislação brasileira em casos de inadimplência de pensão alimentícia. Além disso, o atraso no pagamento acarreta correções monetárias, multas e a penhora de bens do devedor.

Para evitar esses problemas, o pagamento da pensão geralmente é feito por meio de depósito bancário, o que facilita o controle e a comprovação do repasse. Esse método garante maior transparência e ajuda a evitar conflitos entre as partes.

Acordos amigáveis e mediação

Em casos onde há um bom relacionamento entre os pais, a mediação pode ser uma solução viável para evitar longos processos judiciais. A mediação é uma ferramenta que busca resolver conflitos de maneira amigável e sem a necessidade de uma sentença judicial.

Durante esse processo, um mediador imparcial auxilia as partes a chegarem a um acordo que atenda tanto às necessidades do filho quanto às possibilidades financeiras dos pais. O acordo, uma vez alcançado, é homologado por um juiz e passa a ter força de lei.

A mediação, além de ser mais rápida, também evita o desgaste emocional que um processo judicial pode causar. No entanto, caso não seja possível um acordo, o recurso à Justiça é inevitável.

Partes em acordo; processo rápido e eficiente

Solicitar a pensão alimentícia em 2024 envolve seguir um conjunto de etapas e respeitar os critérios estabelecidos pela lei. O processo pode ser mais rápido e eficiente quando há um acordo entre as partes, mas, em caso de divergências, a Justiça intervirá para garantir os direitos da criança.

O valor da pensão varia de acordo com as necessidades do filho e a capacidade financeira do genitor responsável, e o pagamento é essencial para o bem-estar da criança.

Seja por mediação ou via judicial, garantir o pagamento da pensão é um passo fundamental para assegurar o futuro e a qualidade de vida dos filhos.

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