A seca intensa que atinge grande parte do Brasil tem gerado sérias consequências nos últimos dias. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de 3 mil focos de incêndio foram registrados, cobrindo cerca de 60% do território nacional com fumaça.
O cenário também vem sendo agravado por temperaturas acima da média para essa época do ano, com diversas regiões do país batendo recordes de calor.
Em algumas áreas, o clima se tornou tão seco que 240 cidades registraram umidade relativa do ar equivalente à do deserto do Saara na primeira semana de setembro.
O calor extremo vai durar até quando?
Com tantas cidades enfrentando esse calor insuportável e a secura extrema, a grande pergunta que fica no ar é: quando vai chover no Brasil novamente?
Segundo meteorologistas, a resposta não é muito animadora para os próximos dias. Josélia Pergorim, meteorologista do Climatempo, alerta que a chuva persistente, aquela que realmente ajuda a aliviar o solo seco, só deve voltar em meados de outubro. Portanto, o país ainda terá pela frente algumas semanas de calor intenso e ar seco.
“As pancadas de chuva que costumam cair todas as tardes só vão aparecer a partir da segunda quinzena de outubro“, explica Pergorim.
Ela destaca que, até lá, o Brasil continuará sob o domínio da secura e das altas temperaturas. Embora alguns eventos isolados de chuva possam ocorrer em regiões da costa leste do Nordeste, a chegada de frentes frias deve trazer apenas um leve alívio para a Região Sul e algumas áreas do Sudeste.
No entanto, ela reforça que as chuvas que realmente umedecem o interior do Brasil ainda estão distantes.
Alerta de baixa umidade e riscos à saúde
O cenário de baixa umidade tem gerado preocupação, e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para 12 estados e o Distrito Federal, indicando perigo devido à secura do ar.
Nessas regiões, a umidade relativa deve ficar entre 20% e 12%, o que eleva os riscos de incêndios florestais e problemas de saúde, como doenças respiratórias e dores de cabeça. O alerta vale para Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo, Maranhão e o Distrito Federal.
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Em algumas áreas, a umidade pode cair abaixo de 12%, o que agrava ainda mais os problemas causados pelo clima seco. As consequências desse cenário são notórias: ressecamento da pele, irritação nos olhos, boca e nariz, além do desconforto respiratório. Para amenizar os efeitos da baixa umidade, especialistas recomendam aumentar a ingestão de líquidos, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes e utilizar umidificadores de ambiente sempre que possível.
Cuidados essenciais durante o período seco no Brasil
Com o prolongamento desse período de seca, é importante adotar algumas medidas de prevenção. Além de beber bastante água e usar hidratantes para a pele, é essencial evitar a prática de atividades físicas ao ar livre nas horas de maior calor.
Manter os ambientes fechados umedecidos, seja com bacias de água ou umidificadores, pode ajudar a reduzir os efeitos do ar seco dentro de casa.
Outro fator preocupante é o aumento do risco de incêndios, especialmente em áreas de vegetação. O clima extremamente seco e a baixa umidade do ar criam as condições perfeitas para a propagação de queimadas, que já têm causado sérios danos ambientais e à saúde.
Por isso, é fundamental que a população evite qualquer tipo de fogo em áreas de vegetação e redobre os cuidados com atitudes que possam causar faíscas ou incêndios.
Esperança de alívio só em outubro?
A expectativa, conforme os meteorologistas, é de que as chuvas só voltem com força a partir da segunda quinzena de outubro, quando o país deverá ver a retomada das típicas pancadas de chuva da primavera. Porém, até lá, o cenário de seca, calor e baixa umidade ainda será uma constante para grande parte do Brasil.
Enquanto isso, estados como o Acre, Amazonas, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul permanecem sob alerta amarelo, de perigo potencial, com umidade variando entre 30% e 20%. Embora não tão grave quanto as regiões sob alerta laranja, essas áreas também estão em risco e precisam adotar medidas preventivas.
Portanto, até a chegada das chuvas, é crucial que a população se mantenha informada e siga as orientações das autoridades para minimizar os efeitos do clima.