A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retomou a proibição da comercialização do álcool líquido 70% para o público geral. A medida, que já havia sido implementada anteriormente, visa proteger os consumidores contra os riscos associados ao uso inadequado desse produto.
Dessa forma, a Anvisa reafirma seu compromisso com a saúde pública, buscando reduzir acidentes e garantir a segurança em lares de todo o Brasil.
Durante a pandemia de Covid-19, o uso do álcool líquido 70% foi temporariamente liberado em função de sua eficácia na desinfecção e higienização.
No entanto, com o cenário epidemiológico estabilizado, a agência decidiu reverter essa liberação, levando em consideração os perigos que o produto pode representar, principalmente devido à sua alta inflamabilidade e risco de intoxicação.
Motivos para a proibição do álcool líquido 70% pela Anvisa
A principal razão para a proibição é a segurança dos consumidores. O álcool líquido 70% é altamente inflamável, e seu manuseio inadequado pode resultar em queimaduras graves.
Além disso, o produto representa um grande risco em ambientes com crianças, que podem ser expostas ao perigo de ingestão acidental ou contato prolongado com a pele e vias respiratórias, o que pode causar irritações e intoxicações.
Apesar de sua eficácia comprovada na eliminação de micro-organismos, o álcool líquido 70% requer cuidados extremos, especialmente em ambientes domésticos.
Em situações como a pandemia, sua utilização foi flexibilizada por sua eficácia no combate à propagação do vírus, mas com a redução dos casos, o foco voltou a ser a segurança da população.
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Histórico de proibição do álcool líquido no Brasil
A proibição do álcool líquido 70% não é novidade no Brasil. Em 2002, a Anvisa já havia restringido sua comercialização devido aos riscos que o produto apresentava à saúde.
Essa medida foi suspensa temporariamente em 2020, com o avanço da pandemia, para facilitar o acesso ao produto, uma vez que ele se mostrou um importante aliado na prevenção da Covid-19.
No entanto, com a melhora do cenário epidemiológico e a diminuição da demanda por álcool líquido, a Anvisa restabeleceu a proibição com a Resolução RDC 691/2022.
Essa resolução não só regulamenta a venda do álcool etílico, como também busca minimizar os riscos à saúde, estabelecendo normas claras para a produção, comercialização e uso do produto.
Alternativas seguras para desinfecção e higienização
Com a proibição do álcool líquido 70%, os consumidores devem recorrer a opções mais seguras para higienização, que são igualmente eficazes, mas apresentam menos riscos.
Uma das alternativas mais populares é o álcool em gel, que também possui concentração de 70%, mas tem menor risco de inflamabilidade e é amplamente utilizado para a desinfecção das mãos.
Além do álcool em gel, soluções desinfetantes certificadas são uma opção segura para a limpeza de superfícies. Esses produtos, regulamentados pela Anvisa, oferecem eficácia comprovada contra micro-organismos, sem os riscos associados ao uso do álcool líquido.
Por fim, os produtos de limpeza convencionais, como água sanitária e detergentes, continuam sendo uma escolha eficaz para a higienização do ambiente doméstico.
Como proceder em casos de venda irregular
A comercialização do álcool líquido 70% está, agora, novamente proibida para o público geral, e os consumidores devem ficar atentos.
Caso esse produto ainda esteja sendo vendido em algum estabelecimento, é possível denunciar a irregularidade. A Anvisa oferece um canal direto para que o consumidor faça a denúncia de forma rápida e simples.
Para realizar a denúncia, basta acessar o site da Anvisa e preencher o formulário específico. Além disso, é importante anexar fotos ou vídeos que comprovem a venda irregular, incluindo informações sobre o local, data e outros detalhes relevantes.
Após o envio, o caso será encaminhado ao órgão de vigilância sanitária do município, que tomará as devidas providências.
A medida adotada pela Anvisa reforça a importância de manter o álcool líquido 70% fora do alcance de crianças e de ambientes domésticos que possam oferecer riscos.
Com a disponibilidade de alternativas seguras, o foco da agência é garantir que a população tenha acesso a produtos eficazes, mas sem os perigos associados ao uso inadequado do álcool líquido.