A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou nesta quarta-feira, 4, que não há previsão de redução nos preços da gasolina e do diesel, apesar da recente queda nas cotações do petróleo no mercado internacional.
Segundo Chambriard, a estatal está confortável com os níveis atuais dos preços, e não planeja ajustes imediatos. A declaração foi feita durante um evento em Brasília, onde a presidente foi questionada por jornalistas sobre a possibilidade de redução dos preços dos combustíveis.
Queda nas cotações do petróleo
Na terça-feira, 3, as cotações do petróleo sofreram uma queda acentuada, influenciadas pela notícia de um possível acordo para a retomada da produção e exportação de petróleo na Líbia.
Esse movimento também está relacionado às discussões dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) e seus aliados, que consideram aumentar a oferta de petróleo a partir de outubro, com um acréscimo inicial de 180 mil barris diários.
A expectativa do mercado era de que essa queda nas cotações pudesse impactar os preços dos combustíveis no Brasil, o que não se confirmou.
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Perspectiva de preços da Petrobras
Magda Chambriard destacou que o preço dos combustíveis praticado pela Petrobras atualmente é menor do que o de 20 meses atrás. Contudo, a presidente observou que a população não percebe essa diferença diretamente, devido às margens adicionadas ao longo da cadeia de distribuição e revenda.
“O preço que trabalhamos hoje com todos os combustíveis é menor do que o preço de 20 meses atrás. A população não percebe isso.
Não é um assunto direto, por conta das margens que são agregadas, com distribuição e revenda”, explicou.
Mercado internacional e estratégia da Petrobras
A política de preços da Petrobras é diretamente influenciada pelo mercado internacional de petróleo, mas também leva em consideração fatores internos, como a variação cambial e as políticas de subsídios.
A recente queda nas cotações internacionais, causada por uma combinação de fatores geopolíticos e decisões estratégicas de grandes produtores, como a Líbia e a Opep+, não foi suficiente para alterar a estratégia de preços da Petrobras.
A empresa, sob a liderança de Chambriard, mantém a postura de monitorar o mercado, mas sem ceder a pressões imediatistas.
Contexto econômico e projeções
Especialistas do setor energético apontam que a estabilidade dos preços dos combustíveis no Brasil reflete uma estratégia de longo prazo da Petrobras, que visa garantir a previsibilidade de receitas e mitigar a volatilidade dos preços internacionais.
Essa postura é vista como essencial para a manutenção da saúde financeira da estatal, especialmente em um cenário global de incertezas econômicas e flutuações nas cotações do petróleo.
Apesar das expectativas do mercado, a Petrobras se mantém firme em sua política de preços, sinalizando que, no curto prazo, não haverá alterações significativas.
Assim, mesmo diante da queda nas cotações do petróleo, os brasileiros não devem esperar por uma redução imediata nos preços dos combustíveis.
A Petrobras continua a monitorar o cenário global, mas a perspectiva de mudanças nos preços dos combustíveis permanece incerta, reforçando a necessidade de estabilidade no mercado interno.