Um teste online simples e rápido se tornou um fenômeno viral ao questionar algo aparentemente óbvio: o que você vê como azul ou verde?
O teste, que tem dividido os internautas em “Time Azul” e “Time Verde”, reflete a complexidade da percepção das cores, que varia significativamente entre indivíduos e culturas.
As cores não são universais; elas são interpretadas de forma subjetiva, tanto no nível pessoal quanto cultural. Isso explica por que um teste que explora a linha tênue entre azul e verde ganhou tanta popularidade.
Enquanto tons como marinho e floresta são claramente distintos, a discussão se intensifica quando se trata de cores como turquesa. Afinal, turquesa é verde ou azul?
Como funciona o teste ‘Azul ou Verde’?
O teste, disponível no site ismy.blue, desafia os usuários a classificar uma série de tons como azul ou verde. Após algumas escolhas, o site apresenta um matiz que define o limiar da sua percepção.
Esse teste simples tem gerado discussões acaloradas nas redes sociais, com cada usuário defendendo sua interpretação das cores.
Veja a imagem:
A percepção das cores; como funciona
A percepção de cores, como turquesa, pode ser influenciada por fatores culturais. Por exemplo, na Itália, onde o azul é frequentemente dividido em categorias como “azzurro” e “celeste”, turquesa é amplamente considerado um tom de azul.
Por outro lado, em algumas culturas asiáticas, a palavra que descreve azul é também usada para tons que, em inglês, seriam considerados verdes. No galês, a palavra para azul (glas) tem origem na palavra para verde, indicando a conexão histórica entre essas cores.
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Diversas línguas ao redor do mundo mostram uma sobreposição entre os conceitos de azul e verde. Em japonês, tailandês, coreano e lakota, por exemplo, a mesma palavra pode descrever o que os falantes de inglês chamariam de azul e verde.
Essa sobreposição também é evidente em culturas indígenas, como a dos Himba, na Namíbia. Os Himba não têm uma palavra distinta para azul e verde, o que afeta sua capacidade de distinguir entre essas cores da mesma forma que os ocidentais.
Então, o meu azul é o seu azul? Provavelmente não. Esse teste serve como um lembrete fascinante de como nossa percepção da realidade pode ser distorcida por nossas experiências subjetivas. Embora cada um veja o mundo de maneira única, é importante reconhecer essas diferenças ao considerar a perspectiva dos outros. E, claro, para muitos, turquesa continuará a ser azul!