O X, anteriormente conhecido como Twitter, foi bloqueado no Brasil após uma longa disputa entre o empresário Elon Musk e a Justiça brasileira. A rede social, que já enfrentava desafios com a queda de popularidade, agora precisa lidar com as consequências de não ter cumprido uma determinação legal.
O bloqueio foi decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu a nomeação de um novo representante legal da empresa no país, algo que não foi feito por Musk após demitir todos os funcionários e fechar o escritório local.
Contexto jurídico e conflito com a Justiça brasileira
A decisão de bloquear o X no Brasil é mais um episódio da complexa relação entre Elon Musk e o Judiciário brasileiro. O empresário sul-africano, dono da Tesla e SpaceX, entre outras empresas, já havia atacado publicamente o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “ditador” e sugerindo que ele deveria sofrer um impeachment.
Essas declarações inflamaram ainda mais a situação, levando o STF a abrir um inquérito (número 4957) para investigar Musk por possíveis crimes como obstrução de Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.
Diante da incerteza sobre o futuro do X no Brasil, muitos usuários têm buscado alternativas para continuar suas atividades em redes sociais. A seguir, listamos seis plataformas que podem substituir o X, oferecendo experiências variadas e adaptadas a diferentes públicos.
1. Cohost: uma experiência orgânica e sem algoritmos
Lançado em 2022, o Cohost é uma rede social que ainda está em fase beta, mas já conquistou uma base de usuários fiéis.
A principal característica do Cohost é a ausência de algoritmos que influenciam o feed, entregando uma experiência orgânica com publicações em ordem cronológica. A moderação de conteúdo é feita por humanos, o que garante maior controle sobre o que é exibido.
Além disso, o Cohost não rastreia dados dos usuários para fins de publicidade, o que é um grande atrativo para quem valoriza a privacidade.
A plataforma é gratuita e mantida por doações de seus próprios usuários. Para se cadastrar, basta acessar o site oficial e fornecer informações básicas, como data de nascimento e e-mail.
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2. Mastodon: a alternativa descentralizada
O Mastodon, criado pelo programador alemão Eugen Rochko em 2016, é apontado como um dos principais substitutos do X. A plataforma é um microblog que permite a publicação de mensagens curtas de até 500 caracteres e se destaca por oferecer maior controle sobre a linha do tempo.
Uma das ferramentas exclusivas do Mastodon é a capacidade de ocultar detalhes de um post, protegendo os seguidores de spoilers, por exemplo.
A rede social se autodenomina descentralizada e garante que “não está à venda”, o que atrai usuários que buscam maior autonomia. Para criar uma conta, basta acessar o site oficial.
3. Reddit: comunidades e conteúdo diversificado
O Reddit, criado em 2005, é uma rede social focada no compartilhamento de conteúdos, sendo uma das mais populares em diversos países. Com mais de 100 mil comunidades, chamadas de “subreddits”, a plataforma oferece fóruns sobre os mais variados temas, desde entretenimento até discussões políticas.
Os conteúdos no Reddit, sejam links, vídeos, fotos ou textos, recebem votos dos usuários, e as postagens mais bem avaliadas se destacam no feed. Para participar do Reddit, é necessário apenas realizar um cadastro simples através do site oficial ou do aplicativo.
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4. Tumblr: a fusão de blog e microblog
O Tumblr, fundado em 2007, é uma plataforma que mistura características de blogs e microblogs. Os usuários podem publicar textos, imagens, vídeos e áudios, além de interagir com o conteúdo de outros usuários através de curtidas, favoritos e repostagens.
Um dos atrativos do Tumblr é a possibilidade de personalizar amplamente os perfis, permitindo que cada usuário crie uma página única. O cadastro na plataforma é rápido e pode ser feito no site oficial.
5. Amino: comunidades com foco em interação
O Amino, lançado em 2016, se define como uma “rede de comunidades” e é inspirado no Reddit. A plataforma permite que os usuários participem de grupos temáticos, onde podem interagir por meio de chats, blogs, enquetes e outras ferramentas.
O Amino está disponível tanto no site oficial quanto em aplicativo, e o cadastro é simples, permitindo acesso imediato às diversas comunidades disponíveis.
6. Bluesky: a aposta de Jack Dorsey
O Bluesky é a nova rede social de Jack Dorsey, fundador e ex-CEO do Twitter. Baseada em tecnologia de blockchain, a plataforma é descentralizada e promete dar aos usuários controle sobre os algoritmos que regem a experiência.
Ainda em fase de testes, o Bluesky já conta com mais de 30 mil usuários, e os interessados podem se inscrever no site oficial para participar dos futuros testes e contribuir com o desenvolvimento da plataforma.
Extra: Threads da Meta
Lançado em julho de 2023, o Threads é a nova aposta da Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) para competir com o X. A plataforma é uma quase cópia do Twitter, permitindo a criação de threads, repostagens e publicação de fotos e vídeos.
O diferencial do Threads é a integração com o Instagram, facilitando a conexão com contatos já existentes.
Essas redes sociais oferecem alternativas variadas para quem busca substituir o X após o bloqueio no Brasil, cada uma com suas particularidades e vantagens. Com a incerteza sobre o futuro da rede social de Elon Musk no país, explorar novas opções pode ser uma saída para manter a presença online e a interação com outros usuários.