Por que celulares baratos estão melhores em 2024? Entenda as estratégias das marcas para oferecer smartphones acessíveis com alta qualidade e tecnologia avançada.
A busca por “celular bom e barato” é alta no Google, demonstrando a preocupação dos brasileiros em economizar sem abrir mão de qualidade ao adquirir um novo smartphone. Historicamente, era difícil encontrar aparelhos que combinassem essas duas características. No entanto, essa realidade começou a mudar após a pandemia.
Conversamos com as principais marcas do mercado para entender por que os celulares de até R$ 1.500 tinham câmeras ruins e desempenho insatisfatório antes de 2020. Em 2024, diversas opções de qualidade surgiram, mudando o cenário dos dispositivos móveis acessíveis.
Com o mercado mais maduro, as líderes do setor adotaram a estratégia de trazer recursos de seus modelos topo de linha para os intermediários e premium, visando atrair consumidores que buscam um bom custo-benefício. Mas será que essa é a única razão pela qual os celulares baratos estão ficando melhores?
O papel do Android na melhoria dos celulares baratos
No mercado de celulares intermediários, o Android é o sistema operacional predominante. Apesar do crescimento da Apple no Brasil, a empresa ainda foca em modelos de alta gama, deixando o iOS como um software de nicho. Em maio de 2024, o Android liderava o mercado mobile com 39,93% de alcance, resultado de uma ascensão iniciada em 2012 com dispositivos marcantes.
O Android destaca-se por ser um software de código aberto, permitindo customizações abrangentes. Essa característica possibilita que fabricantes implementem soluções que aumentem a usabilidade dos aparelhos. No Brasil, interfaces personalizadas como One UI (Samsung), My UX (Motorola), HyperOS (Xiaomi) e Realme UI (Realme) são populares.
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Interfaces personalizadas e suas vantagens
As interfaces personalizadas são fundamentais para melhorar a experiência do usuário em celulares intermediários. Elas oferecem funcionalidades adicionais e otimizações que a versão pura do Android não possui. Isso faz com que dispositivos de até R$ 1.500 sejam mais atraentes para os consumidores.
Além disso, essas interfaces são adaptadas para o mercado brasileiro, garantindo que as necessidades dos usuários locais sejam atendidas. Por exemplo, a One UI da Samsung é conhecida por sua intuitividade e facilidade de uso, o que aumenta a satisfação do cliente.
O impacto das atualizações de software
Outro fator crucial é a frequência das atualizações de software. A Samsung, por exemplo, ajustou sua estratégia para oferecer quatro anos de atualizações de sistema e cinco anos de atualizações de segurança para muitos de seus modelos das famílias Galaxy A e M. Isso garante que os aparelhos tenham uma vida útil mais longa, elevando o valor percebido pelos consumidores.
Estratégias de mercado das principais marcas
Desde a chegada dos primeiros smartphones ao Brasil, a Samsung tem sido uma das líderes no segmento intermediário. Em 2011, o Galaxy S II chegou por R$ 1.999, oferecendo configurações robustas para a época. Entretanto, modelos mais acessíveis, como o Galaxy Y, tinham especificações modestas.
Em 2015, a linha Galaxy J foi introduzida para oferecer um equilíbrio entre preço e desempenho. Com a extinção da linha J em 2019, as séries M e A se tornaram as mais acessíveis. Em 2024, a Samsung lançou cinco modelos na faixa de até R$ 1.500, como Galaxy M15 5G e Galaxy A15 5G.
Tecnologias mais acessíveis
A Samsung é conhecida por migrar tecnologias de seus topos de linha para modelos intermediários. Atualmente, a empresa possui o maior portfólio de smartphones 5G no Brasil. A atualização para tecnologias mais recentes melhora o desempenho, qualidade das câmeras e eficiência energética dos aparelhos.
Mais anos de Android e segurança robusta
A Samsung também se destaca pela longevidade das atualizações de software. Além de oferecer quatro anos de atualizações de sistema e cinco anos de segurança, a empresa aprimorou o Samsung Knox para proteger dados sensíveis, alinhando-se com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
A influência da Motorola e das marcas chinesas
A Motorola é pioneira no conceito de “celular intermediário”. O sucesso do Moto G, lançado em 2013, mudou o mercado brasileiro. Com preços acessíveis e bom desempenho, a série Moto G consolidou a marca no país. A empresa continua inovando, oferecendo modelos com suporte à tecnologia 5G e outras melhorias significativas.
Marcas chinesas aumentam competitividade na categoria intermediária
A popularização do e-commerce permitiu o acesso a smartphones chineses de qualidade. Empresas como Xiaomi, Huawei e Realme ganharam espaço no mercado brasileiro. A Xiaomi, por exemplo, é conhecida pelo ótimo custo-benefício de seus aparelhos, como o Poco M4, que custa R$ 1.499 e oferece conexão 5G.
A Realme, uma subsidiária da OPPO, conquistou sua independência em 2018. A marca tem foco no público jovem, oferecendo design atraente e recursos premium em modelos acessíveis. Com a chegada ao Brasil em 2021, a Realme rapidamente ganhou espaço, representando 0,5% do market share em maio de 2024.
O mercado de celulares baratos está em constante evolução. As fabricantes estão ouvindo o feedback dos consumidores e ajustando suas estratégias para oferecer aparelhos de melhor qualidade a preços acessíveis.
A popularização de novas tecnologias e a competição acirrada entre marcas são fatores que contribuem para essa melhoria contínua. Com isso, os consumidores podem esperar por smartphones cada vez mais avançados, sem precisar gastar uma fortuna.
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