Aplicativo espião permite monitorar dispositivos de forma anônima. Saiba os motivos para evitar o uso desses softwares e suas implicações legais.
Aplicativos espiões, conhecidos como spywares, permitem monitorar dispositivos de terceiros de forma clandestina. Esses softwares possibilitam acessar dados sensíveis, como localização e senhas, além de ativar microfones e câmeras sem ser notado.
A instalação pode ocorrer quando a vítima baixa arquivos de fontes inseguras ou manualmente por pessoas próximas, como parceiros e familiares.
Apesar de parecerem ferramentas úteis, o uso de aplicativos espiões envolve sérios riscos e é considerado crime, conforme o artigo 154-A do Código Penal, que prevê reclusão e multa para quem praticar essa atividade. A seguir, entenda os principais motivos para evitar o uso desses aplicativos.
3 motivos para nunca usar um aplicativo ESPIÃO
Confira:
1. Risco de vazamento de dados
O vazamento de dados é um dos principais problemas causados pelo uso de aplicativos espiões. Esses softwares conseguem acessar informações pessoais que podem ser usadas para roubos de identidade ou chantagem.
Uma vez no dispositivo, o spyware pode visualizar logins, senhas, dados bancários e mídias como fotos e vídeos. Além disso, os espiões podem ter controle total sobre o aparelho, ativando a câmera e o microfone para gravações e rastreamento de localização.
A segurança do próprio espião também está em risco, pois muitos desses aplicativos são ilegais ou extraoficiais, sem informações confiáveis sobre sua procedência ou regulamentação de segurança. Portanto, as informações dos espiões também podem ser coletadas por cibercriminosos.
Saiba também: WhatsApp: como o “olá” de um estranho pode colocar você em risco HOJE (27)
2. Possíveis danos ao aparelho
Outra preocupação é que aplicativos espiões podem causar danos ao celular da vítima e do usuário. Funcionando continuamente, esses softwares podem aumentar o consumo de bateria, sobrecarregar o sistema operacional, consumir muitos dados móveis e até causar superaquecimento do aparelho.
Além disso, podem ocorrer mudanças indesejadas nas páginas iniciais de navegadores e o recebimento de mensagens de erro ao usar aplicativos que anteriormente não apresentavam problemas. Essas interferências podem prejudicar significativamente o desempenho e a funcionalidade do dispositivo.
3. Espionagem é crime
“Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita” é crime.
Artigo 154-A do Código Penal
Espionar um celular sem consentimento é considerado crime, independentemente do motivo. A pena pode variar entre 2 e 5 anos de prisão e multa.
Se houver relação social ou profissional entre vítima e autor, a prática de espionagem será considerada crime dependendo da intenção do ato e da existência de um acordo prévio, ainda que verbal, autorizando o acesso às informações.
Mesmo pais que desejam monitorar as atividades de filhos menores devem lembrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente garante o direito à privacidade e preservação da integridade dos menores. Portanto, é essencial ponderar os riscos e implicações legais antes de recorrer a esses softwares.
Saiba também: Reajuste para R$ 1.772 no salário mínimo anima trabalhadores; novo valor chega quando?