O renomado músico Herbert Vianna já dizia: “quando está escuro e ninguém te ouve, ou quando chega a noite e você quer chorar, nada é melhor do que aquele abraço bem reconfortante e apertado.”
Essa afirmação, carregada de verdade emocional, encontra respaldo em um estudo recente que demonstra os benefícios do toque físico para a saúde, tanto mental quanto física, em indivíduos de todas as idades.
O estudo, publicado na revista Nature Human Behaviour, representa uma compilação de diversas pesquisas sobre a importância do toque para a saúde humana. Essa revisão sistemática revelou que o contato físico não apenas ajuda, mas pode ser crucial para o bem-estar geral das pessoas.
Resultados conclusivos: o toque como aliado da saúde
Os pesquisadores analisaram 212 artigos relacionados ao tema, abrangendo estudos com adultos e recém-nascidos.
Os resultados foram contundentes: o contato físico apresenta benefícios significativos para a saúde, independentemente da faixa etária do indivíduo. Ou seja, abraços, carícias e massagens são benéficos tanto para adultos quanto para crianças.
De acordo com os especialistas, o toque pode ser uma ferramenta eficaz no tratamento de diversas condições, como redução da dor, depressão e ansiedade em adultos e crianças, além de contribuir para o ganho de peso em recém-nascidos.
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Aplicações práticas: o toque como terapia
Um dos estudos revisados mostrou que idosos com demência experimentaram uma redução na agressividade e no estresse após receberem massagens diárias de 20 minutos ao longo de seis semanas.
Outra pesquisa destacou que massagens melhoraram o humor de pacientes com câncer de mama. Além disso, o toque foi identificado como benéfico tanto para pessoas saudáveis quanto para aquelas com doenças mentais.
Curiosamente, descobriu-se que o toque não precisa ser necessariamente humano para produzir efeitos positivos. Objetos, como cobertores pesados, ou até mesmo robôs sociais, podem oferecer benefícios semelhantes.
Considerações finais: o potencial do toque para o bem-estar
O estudo também revelou algumas diferenças interessantes. Por exemplo, as mulheres parecem se beneficiar mais do contato físico do que os homens, e há uma tendência maior de aproveitar os efeitos do toque na América do Sul em comparação com a América do Norte e Europa.
No entanto, os pesquisadores ressaltam que essas diferenças não são definitivas e podem ser influenciadas por fatores biológicos e culturais. Em suma, o estudo destaca o poder do toque físico como uma terapia valiosa para promover o bem-estar emocional e físico das pessoas em todas as fases da vida.
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