O governo de São Paulo, sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), revelou hoje seus planos de transferir a sede administrativa do Morumbi para o Centro da capital paulista.
Essa mudança é uma das promessas de campanha de Tarcísio e tem um investimento inicial estimado em R$ 4 bilhões.
A seguir, confira com o Notícia da Manhã as principais informações sobre essa movimentação no governo de São Paulo.
Transformação da região dos Campos Elíseos em área de interesse público
A transferência implicará na construção de 12 prédios na região dos Campos Elíseos para alocar o gabinete do governador e as 28 secretarias do estado.
Para viabilizar essa construção, será necessário realocar o Terminal Princesa Isabel e desapropriar 230 imóveis residenciais localizados nos quarteirões que passarão por intervenções.
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Desapropriação e compensação das famílias afetadas
Em princípio, o governador Tarcísio afirmou que o estado deve investir cerca de R$ 500 milhões nas desapropriações.
As famílias afetadas serão compensadas por meio de indenizações ou projetos habitacionais, nos quais serão colocadas como prioridade, segundo o governo.
- O novo endereço do terminal ainda não foi divulgado.
Como a Praça Princesa Isabel pertence à gestão municipal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) enviou um projeto à Câmara que prevê a doação da área para o governo estadual.
A partir disso, Tarcísio assinou uma Declaração de Utilidade Pública (DUP), com validade de 5 anos, que dá ao poder público o direito de desapropriar a área em torno do Palácio dos Campos Elíseos, na região central, atual sede do Museu das Favelas, e a transforma em zona de interesse público, para que só possa ser usada no projeto da nova cidade administrativa.
“Vamos trazer uma série de equipamentos pra cá (Centro), para que as pessoas voltem a circular por aqui”, afirmou o governador.
Segundo Tarcísio, a ideia depois é levar para o Centro habitação de interesse social e de médio padrão “porque eu preciso trazer pessoas da classe média pra morar aqui.”
“É um processo de revitalização paulatino, que vai despertar o interesse da iniciativa privada e essa é nossa aposta”, completou.
O comando de policiamento da capital é um dos que devem ser transferidos para a região central.
Projeto e execução do governo
Ainda nesta quarta, o governo lançou um concurso para escolher o projeto arquitetônico que será implementado na “esplanada”.
De acordo com o secretário especial de Projetos Estratégicos do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, trata-se do “maior concurso de arquitetura desde Brasília (plano piloto)”.
O vencedor será definido em agosto e fará o projeto executivo, que pode custar até R$ 24 milhões.
Segundo o secretário, a licitação para contratar a empresa que ficará responsável pelas obras deve ocorrer ainda neste ano. A ganhadora terá o direito de explorar o local pelos próximos 30 anos.
Os prédios devem começar a ser erguidos em março de 2025, com previsão de entrega para 2028, podendo se estender a 2029, já na próxima gestão estadual.
Na nova sede administrativa, os mais de 22 mil funcionários públicos que atuam nos gabinetes e secretarias de governo devem ter suas áreas de trabalho reduzidas de 35 m² para cerca de 8m².
O Palácio das Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, deve continuar como residência, gabinete do governador e abrigando secretarias mais próximas, Comunicação, Casa Militar e Casa Civil.
“O palácio, ele está muito bem estruturado no final das contas, ele tem lá a Casa Militar estruturada, com todo seu aparato de Defesa Civil, tem a residência do governador, então tem algumas vantagens para manter, por exemplo, a sede do governo, o gabinete do governador no Palácio dos Bandeirantes, esse é o primeiro desenho”.
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