Em uma mudança significativa na política alimentar, o Governo Federal publicou um decreto reformulando completamente a cesta básica brasileira. A iniciativa, anunciada no Diário Oficial da União, coloca um foco renovado em alimentos in natura ou minimamente processados.
Novos alimentos entram na cesta básica
Essa atualização da cesta básica reflete um esforço consciente do governo em direção a uma alimentação mais saudável e sustentável, buscando combater problemas de saúde pública como obesidade e câncer.
A nova lista de itens inclui uma variedade de alimentos nutritivos e benéficos à saúde, como leguminosas, cereais, raízes, tubérculos, legumes, verduras, frutas, castanhas, nozes, carnes, ovos, leites, queijos, além de açúcares, sal, óleos, gorduras, café, chá, mate e especiarias.
Leia mais sobre: Cesta básica subiu 26,1%, mas poder de compra aumentou caiu apenas 5% no Brasil em 10 anos
Restrições a Processados e Ultraprocessados
A grande novidade deste decreto é a restrição explícita aos alimentos ultraprocessados, conhecidos por seus aditivos como corantes e aromatizantes, que agora são proibidos de integrar a cesta básica. Alimentos processados ainda podem ser incluídos, mas apenas de forma excepcional e mediante autorização do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
Essa medida é um grande passo para estimular hábitos alimentares mais saudáveis e responsáveis entre a população brasileira. Além disso, o decreto dá ênfase especial à inclusão de produtos oriundos da agricultura familiar, promovendo não apenas a saúde dos consumidores, mas também o desenvolvimento sustentável da produção nacional.
O governo planeja ainda elaborar uma portaria com exemplos de alimentos que podem compor os grupos mencionados, reforçando o compromisso com ações, políticas e programas de natureza tributária, buscando a redução das desigualdades de renda.
A revisão da cesta básica representa um marco na política de alimentação brasileira, alinhando-se com práticas globais de nutrição saudável e sustentabilidade. Com esta mudança, espera-se não apenas uma melhoria na qualidade da alimentação dos brasileiros, mas também um fortalecimento da produção local e familiar, contribuindo para uma sociedade mais equilibrada e saudável.
Como receber a cesta básica do governo
Para receber a cesta básica oferecida pelo governo, é essencial estar inscrito em programas sociais governamentais, como o Cadastro Único (CadÚnico), que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, possibilitando o acesso a diferentes políticas públicas.
Os beneficiários normalmente são selecionados com base em critérios de vulnerabilidade socioeconômica, priorizando famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Para se cadastrar, é necessário procurar um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo, munido de documentos pessoais de todos os membros da família.
Após o cadastro, é importante manter os dados sempre atualizados para assegurar a continuidade do recebimento dos benefícios, incluindo a cesta básica, que é distribuída periodicamente de acordo com as diretrizes do programa social em questão.
Veja mais sobre: Lista de CPF para receber a cesta básica do governo; você está nela?