A temporada de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2024 traz mudanças significativas, especialmente na faixa de isenção, que impacta diretamente milhões de contribuintes brasileiros.
Este ano, um número expressivo de cidadãos estará livre da obrigação de declarar seus rendimentos à Receita Federal, graças às recentes alterações na tabela do imposto. Vamos detalhar quem se encaixa nesta categoria e o que essas mudanças representam para o contribuinte médio.
Isenção Ampliada no IRPF 2024
A principal alteração no IRPF de 2024 foi a expansão da faixa de isenção, beneficiando aqueles com rendimentos até dois salários mínimos. Com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.412, efetuado no início do ano, a isenção agora abrange quem ganha até R$ 2.824.
Esta mudança reflete um esforço do governo, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para adequar a faixa de isenção ao novo piso salarial nacional e aliviar a carga tributária sobre a classe trabalhadora.
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Mudanças na Tabela do Imposto de Renda
Com a atualização da tabela progressiva mensal do IR, a primeira faixa foi elevada de R$ 2.112 para R$ 2.259,20. Além disso, os contribuintes podem optar pelo desconto simplificado de R$ 564,80, facilitando o enquadramento na nova faixa de isenção de até dois salários mínimos.
Essa mudança visa simplificar o processo de declaração para muitos brasileiros, alinhando-se com a promessa do governo de aumentar a isenção para rendimentos tributáveis de até R$ 5 mil até o final do mandato atual, uma medida que ainda está em discussão e planejamento.
Aprenda a declarar o IRPF 2024
Declarar o Imposto de Renda é uma tarefa anual obrigatória para muitos brasileiros, e embora possa parecer complexa, entender o processo pode torná-lo mais simples e direto. Primeiramente, é crucial reunir todos os documentos necessários, que incluem informes de rendimentos fornecidos por empregadores, bancos e corretoras, comprovantes de despesas médicas, educacionais e com dependentes, além de dados sobre possíveis outras fontes de renda, como aluguéis.
Uma vez com todos os documentos em mãos, o contribuinte deve baixar o programa gerador da declaração do Imposto de Renda disponibilizado pela Receita Federal. O programa é intuitivo e guia o usuário através de cada etapa, desde a inserção de dados pessoais até a informação de rendimentos, dívidas, bens e despesas dedutíveis.
Ao preencher a declaração, é importante ser preciso e honesto com as informações, já que discrepâncias podem levar à malha fina. Há duas opções de declaração: a simplificada, que oferece um desconto padrão de 20% nos rendimentos tributáveis (limitado a um valor estabelecido pela Receita Federal), ideal para quem não tem muitas despesas dedutíveis; e a completa, que permite deduzir uma série de despesas, sendo mais vantajosa para quem tem muitos gastos dedutíveis.
Após preencher todos os dados, o contribuinte deve revisar cuidadosamente a declaração antes de enviar. Caso haja imposto a pagar, o programa irá gerar um DARF para pagamento. Se houver restituição, o valor será depositado pela Receita Federal na conta bancária indicada na declaração. Acompanhar o processamento da declaração no site da Receita é essencial para garantir que tudo esteja correto e evitar problemas futuros.
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