A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado ressaltando a importância da regulamentação para o uso de relógios inteligentes, conhecidos como smartwatches, na medição de glicemia e oximetria.
A agência enfatiza que dispositivos destinados a medições tipicamente médicas, como a concentração de açúcar no sangue e a saturação de oxigênio, devem receber sua aprovação para garantir a segurança e eficácia do uso.
Anvisa emite alerta importante sobre o uso dos smartwatches
Até o presente momento, não há nenhum dispositivo desse tipo aprovado pela Anvisa para a medição não invasiva de glicose ou para aferir a oximetria, devido à falta de estudos comprovando sua segurança e desempenho para essas finalidades. A Anvisa alerta para o fato de que a tecnologia para medição não invasiva de glicemia por meio desses acessórios ainda está em fase de desenvolvimento e não foi submetida aos rigorosos processos regulatórios sanitários.
A precisão desses dispositivos é vital, pois imprecisões podem levar a administrações errôneas de insulina, ocasionando riscos imediatos, como choques glicêmicos, ou problemas de saúde a longo prazo, relacionados ao controle inadequado do diabetes.
No que se refere a softwares, atualmente, cinco aplicativos para smartwatches foram aprovados pela Anvisa, capacitados para medir pressão arterial, realizar eletrocardiogramas e detectar ritmos cardíacos irregulares. Estes produtos aprovados estão disponíveis para consulta no site oficial da Anvisa.
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Fique atento a este detalhe
Dispositivos que se limitam a medir frequência cardíaca e respiratória, por não serem considerados de uso estritamente médico, não necessitam de regulamentação da Anvisa.
A agência também orienta que, caso sejam identificados anúncios promovendo a venda de relógios inteligentes com promessas de medições não invasivas de glicemia que sugiram sua utilização para controle glicêmico, os consumidores devem reportar tais casos através dos canais de atendimento da Anvisa.
A comercialização de dispositivos médicos sem a devida aprovação representa uma infração sanitária, sujeita a penalidades conforme estabelecido pela Lei 6.437/1977.
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Há algum perigo no uso dos smartwatches?
Os smartwatches, apesar de sua popularidade crescente e utilidade inegável no cotidiano, trazem consigo algumas preocupações relacionadas à segurança e à saúde dos usuários. Um dos principais alertas refere-se à precisão das medições de saúde fornecidas por esses dispositivos.
Quando utilizados para monitorar indicadores vitais, como glicemia e oximetria, a falta de precisão pode levar a decisões equivocadas sobre tratamentos e cuidados de saúde, potencialmente colocando os usuários em risco.
Outra questão relevante é a exposição prolongada à radiação eletromagnética, embora em níveis baixos, gerada pela conexão constante com redes celulares e Wi-Fi. Estudos ainda estão em andamento para compreender completamente os efeitos a longo prazo dessa exposição.
A segurança dos dados também é uma grande preocupação. A capacidade desses dispositivos de coletar e armazenar informações pessoais e de saúde sensíveis levanta questões sobre a privacidade e a possibilidade de violações de dados. Usuários devem estar cientes das políticas de privacidade dos fabricantes e tomar medidas para proteger suas informações.
Por fim, a dependência tecnológica e a possível interferência na qualidade do sono, devido à necessidade de estar sempre conectado, são aspectos que merecem atenção. É essencial que os usuários mantenham um equilíbrio saudável no uso dessas tecnologias para evitar efeitos negativos em sua saúde física e mental.
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