À medida que o Rio de Janeiro se prepara para o brilho e a festa do Carnaval, uma notícia sombria lança uma sombra sobre os preparativos: a confirmação da primeira morte por dengue na cidade este ano. O paciente, um homem de 45 anos residente no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, sucumbiu à doença após ser internado com um quadro grave de desidratação.
Este trágico evento ressalta a crescente preocupação com a dengue na cidade, que já registra 25.136 casos prováveis da doença, incluindo outra morte confirmada em Mangaratiba e uma em Itatiaia, com mais 21 casos ainda sob investigação.
Dengue: Estado de Emergência em Saúde Pública
O prefeito Eduardo Paes decretou estado de emergência em saúde pública devido ao aumento alarmante dos casos de dengue. Como resposta, a cidade está estabelecendo polos de atendimento e centros de tratamento e hidratação, visando proporcionar cuidado rápido e eficaz à população afetada.
Esta mobilização inclui a distribuição de um guia prático para ajudar os cidadãos a identificar e eliminar potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti em suas residências, um esforço crucial para interromper a cadeia de transmissão da doença.
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Ação Coletiva e Vacinação: Chaves para a Prevenção
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou a importância da colaboração da população na luta contra a dengue, destacando que 70% dos focos do mosquito estão dentro das casas. Além disso, anunciou um plano de vacinação contra a doença, com foco inicial nas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária mais afetada pelas hospitalizações decorrentes da dengue.
Essa estratégia de imunização, complementar às medidas de prevenção e controle do vetor, representa uma esperança de longo prazo na batalha contra a dengue, uma doença que há 40 anos desafia a saúde pública brasileira.
Enquanto o Carnaval se aproxima, a cidade do Rio de Janeiro está em alerta, não apenas para celebrar com segurança, mas também para combater um inimigo invisível, mas igualmente capaz de afetar gravemente a saúde pública.
A cooperação entre governo, profissionais da saúde e a população é essencial para superar este desafio. É um momento crítico para conscientização, prevenção e ação coletiva, garantindo que o espírito do Carnaval possa ser vivido em sua plenitude, livre das sombras da dengue.
Os sintomas da dengue
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, e seus sintomas podem variar de leves a graves, impactando significativamente a saúde dos infectados. Os sinais iniciais da dengue muitas vezes se assemelham aos de uma gripe comum, começando subitamente com febre alta (40°C), acompanhada de dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, mal-estar, perda de apetite, náuseas e vômitos.
Uma característica distintiva da dengue é a aparição de uma erupção cutânea semelhante ao sarampo, que pode ocorrer alguns dias após o início da febre, junto com um aumento do sangramento das mucosas, como sangramento nasal ou gengival, indicando uma possível progressão para formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica.
Além dos sintomas iniciais, é crucial estar atento à evolução da doença, que pode levar ao desenvolvimento da dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, formas graves que exigem atenção médica imediata. Estes estados mais severos da doença podem apresentar sintomas adicionais como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, dificuldade de respiração, sangramento excessivo e fadiga extrema.
A rápida deterioração da condição do paciente pode ocorrer, tornando essencial a busca por atendimento médico ao primeiro sinal de alerta, para um diagnóstico correto e o início imediato do tratamento, visando minimizar os riscos de complicações e melhorar as chances de recuperação.
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