Por conta de desigualdades sociais e econômicas a taxa de brasileiros endividados no país segue em uma ascendente preocupante. De acordo com pesquisa recentemente divulgada pela Serasa, mais da metade desses inadimplentes têm dívidas ligadas a cartões de crédito, no entanto, os principais motivos que levam o consumidor a utilizar esta modalidade de compra podem surpreender. Siga a leitura e entenda.
Uma triste realidade
Em 2023, as dívidas provenientes do uso desenfreado do cartão de crédito impactam expressivamente a estabilidade financeira dos brasileiros.
Conforme revelado pelo estudo “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, conduzido pela Serasa, foi revelado que 55% dos cidadãos endividados possuem compromissos financeiros vinculados aos cartões de crédito.
Este dado evidencia um aumento de dois pontos percentuais em relação aos anos de 2021 e 2022, delineando uma tendência alarmante de crescimento da inadimplência nesse segmento. Continue a leitura abaixo e saiba mais sobre o que está por trás das dívidas dos brasileiros.
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Serasa aponta o vilão por trás dos endividados
De maneira intrigante, a pesquisa destaca que a maioria das dívidas associadas ao cartão de crédito (59%) originam-se de transações realizadas em supermercados.
Este dado suscita reflexões, indicando que muitos brasileiros estão recorrendo ao crédito como meio de suprir necessidades básicas, possivelmente em decorrência das adversidades econômicas impostas pela pandemia.
Por que brasileiros estão dependentes do cartão de crédito?
O cenário revela uma crescente dependência dos brasileiros em relação ao crédito, estendendo-se não apenas a itens cotidianos, mas também a produtos como vestuário, calçados e eletrodomésticos, os quais compõem 46% das dívidas.
Outro setor impactado são os gastos com remédios e tratamentos médicos, responsáveis por 37% do endividamento. É relevante frisar que, mesmo diante dessa preocupante tendência, a pesquisa apontou um aumento no Índice de Esperança dos Endividados.
Esse indicador reflete a determinação dos brasileiros em sanar suas dívidas, mesmo em meio às adversidades econômicas. Comparado ao ano anterior, esse índice registrou um acréscimo de 4 pontos percentuais, elevando-se de 58% para 74%.
Essa constatação ressalta que, apesar dos desafios, muitos brasileiros permanecem dispostos a aprimorar sua condição financeira.
Iniciativa da Serasa ajuda brasileiros endividados
Como contramedida a essa tendência, a Serasa promove o maior Feirão Limpa Nome de sua história.
Até 30/11, os consumidores têm a oportunidade de negociar suas dívidas com descontos expressivos, podendo alcançar até 99%, em parceria com mais de 500 empresas, englobando bancos, lojas e empresas de telecomunicações.
Para realizar as negociações, basta acessar o aplicativo ou site da Serasa, proporcionando uma chance valiosa de reequilibrar as finanças pessoais.
10 dicas para não se endividar
No entanto, se você ainda não está endividado e teme que isto algum dia possa vir a acontecer, a Serasa preparou 10 dicas para evitar que a inadimplência bata à sua porta. Confira abaixo.
1. Anote todos os gastos
Para manter o controle das finanças, é essencial registrar minuciosamente cada gasto. Esse hábito facilita a compreensão precisa do destino do dinheiro e a organização dos pagamentos pendentes.
2. Crie metas financeiras
Estabelecer metas para o ano novo, como livrar-se das dívidas até o fim do ano, é uma estratégia eficaz. Ao traçar objetivos claros, é possível priorizar as dívidas, elaborar estratégias para quitação, como saldar as contas mais elevadas nos primeiros seis meses, e dividir metas mensais para progredir passo a passo.
3. Organize o orçamento
Fundamental para a superação das dívidas, a organização do orçamento pode ser realizada por meio de aplicativos, planilhas ou até mesmo um caderno. O foco está em registrar todas as entradas, como salários, bônus, aposentadoria, e despesas, classificadas entre essenciais e supérfluas para facilitar cortes no que for dispensável.
4. Converse com a família
A participação de toda a família na gestão do orçamento e na resolução das dívidas é crucial. Cada membro pode contribuir com ideias para reduzir despesas ou aumentar a renda, seja por meio de trabalhos extras ou venda de itens não utilizados.
5. Corte gastos desnecessários
Enquanto as dívidas persistem, é necessário fazer ajustes temporários, envolvendo a prática de economias cotidianas, como desligar a luz ao sair do quarto, ajustar o chuveiro para a posição verão em dias quentes, e aguardar a capacidade máxima da máquina de lavar antes de utilizá-la.
6. Busque uma renda extra
Quando os cortes não são suficientes, buscar uma renda extra pode ser a solução. Vender itens não utilizados ou produtos artesanais online, como bolos e doces, são opções viáveis para complementar a renda mensal.
7. Negocie com os credores
Com o orçamento reorganizado e economias provenientes de cortes ou renda extra, é o momento de negociar com os credores. Dispor de recursos facilita as negociações e possibilita a obtenção de descontos.
8. Priorize as dívidas com juros mais altos
Em caso de múltiplas dívidas, priorize aquelas com taxas de juros mais elevadas. Essas são as que mais impactam a saúde financeira, e ao resolvê-las primeiro, quitar as dívidas menos onerosas torna-se mais acessível.
9. Pesquise antes de comprar
A pesquisa antes de realizar qualquer compra é fundamental, principalmente para quem enfrenta dívidas. Isso inclui a busca pelo melhor preço e a economia em cada aquisição. Mesmo ao considerar um empréstimo para quitar dívidas, a pesquisa é imperativa.
10. Faça uma autoavaliação
Para alcançar a meta de sair das dívidas até o final do ano, uma autoavaliação é crucial. Refletir sobre as circunstâncias que levaram à situação atual e identificar áreas de melhoria é fundamental.
A inadimplência, muitas vezes, resulta de dificuldades econômicas, e a disposição para recomeçar é valiosa. Esse momento de reflexão é essencial para traçar um novo caminho.
Quer mais dicas sobre como sair das dívidas e limpar seu nome? Assista ao vídeo abaixo!
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