Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou que o fenômeno climático El Niño deve tornar a temperatura da Terra ainda mais elevada em 2024. No Brasil, o fenômeno provocou um inverno atípico, com altas temperaturas em quase todas as regiões do país neste ano. Siga a leitura abaixo e entenda os impactos climáticos que ainda são esperados.
Tempos quentes se aproximam
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou nesta quarta-feira (8) que o fenômeno climático El Niño continuará impactando o clima global pelo menos até abril de 2024.
Segundo a agência da ONU, o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, característico do El Niño, se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu ápice no primeiro semestre do próximo ano. Continue a leitura a seguir e entenda mais detalhes.
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El Niño e seus efeitos climáticos
O El Niño, que ocorre a cada dois a sete anos, tem uma duração média de doze meses, diretamente influenciando o aumento da temperatura global.
Embora suas consequências sejam geralmente observadas no ano seguinte ao seu desenvolvimento, 2023 está caminhando para se tornar o ano mais quente da história.
Antes disso, em 2016, vivenciamos o ano mais quente registrado, impulsionado por um El Niño excepcionalmente forte e pelo aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, relacionadas às mudanças climáticas provocadas pelo homem.
Em entrevista ao g1, Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, destaca que o próximo ano será ainda mais quente, evidenciando a contribuição crescente das concentrações de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas.
Ele alerta que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes, serão mais frequentes em algumas regiões, gerando impactos significativos.
Efeitos do El Niño em 2023: recordes de temperatura e anomalias climáticas
Durante este ano, observamos temperaturas recordes na superfície dos oceanos devido ao El Niño. Desde maio de 2023, os registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial aumentaram de 0,5 °C acima da média para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro.
Essas marcas históricas também se refletiram na temperatura do ar. No Brasil, o fenômeno provocou um inverno atípico, com altas temperaturas em quase todas as regiões do país. No final de setembro, algumas capitais registraram máximas superiores a 40ºC.
No Hemisfério Norte, a combinação do El Niño com outros fatores climáticos resultou em ondas de calor extremo. Países como Itália, Espanha e Grécia entraram em alerta devido às temperaturas muito acima da média.
Nos Estados Unidos e Canadá, milhões de hectares foram devastados por incêndios florestais, facilitados pelas temperaturas elevadas.
Impacto nos próximos meses
A análise de padrões históricos e as atuais previsões a longo prazo indicam que o El Niño deve diminuir significativamente durante a próxima primavera no Hemisfério Norte.
No entanto, mesmo com o arrefecimento do fenômeno, as últimas avaliações sugerem uma alta probabilidade de um aumento contínuo na temperatura do Oceano Pacífico Equatorial, persistindo até abril de 2024.
Além do impacto direto do El Niño na temperatura global, a OMM monitora outros fatores que podem contribuir para mudanças no sistema climático global.
A última “Atualização Climática Sazonal Global” da entidade prevê um aumento nas temperaturas da superfície do mar em grande parte dos oceanos globais, juntamente com termômetros acima do normal em quase todas as áreas terrestres.
O cenário climático global permanece desafiador, exigindo uma atenção contínua e ação coordenada para enfrentar os desafios futuros.
Quer saber mais detalhes sobre os efeitos do fenômeno El Niño no planeta? Assista ao vídeo abaixo!
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