Facebook e Instagram são processados por maioria dos estados EUA; motivo: viciar crianças

E mais uma vez a Meta, gigante da tecnologia e detentora do Facebook e Instagram, enfrenta os tribunais. Desta vez, uma força-tarefa de mais de 40 procuradores processam a empresa alegando que suas redes sociais causam impactos viciantes em menores de idade e que o efeito é causado de forma totalmente premeditada. Acompanhe a leitura abaixo e saiba mais detalhes sobre a medida judicial.

E mais uma vez a Meta, gigante da tecnologia e detentora do Facebook e Instagram, enfrenta os tribunais. Desta vez, uma força-tarefa de mais de 40 procuradores processam a empresa alegando que suas redes sociais causam impactos viciantes em menores de idade e que o efeito é causado de forma totalmente premeditada. Acompanhe a leitura abaixo e saiba mais detalhes sobre a medida judicial.
Instagram e Facebook seriam usados para viciar menores de idade às redes sociais. — Foto: Montagem / Reprodução

O vício está na web

Mais de 42 procuradores-gerais dos Estados Unidos iniciaram um processo contra a Meta, acusando a gigante da tecnologia de implementar estratégias que tornam o Facebook e o Instagram altamente viciantes para crianças e adolescentes.

Além disso, alegam que a empresa tinha pleno conhecimento dos riscos à saúde mental dessa parcela da população e não tomou medidas para evitá-los. Continue lendo a seguir e entenda mais detalhes sobre a grande ação judicial.

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Partidos ignoram divergências e se unem contra Meta

Os procuradores-gerais envolvidos nesse processo representam uma ampla coalizão de estados norte-americanos, transcendo as barreiras partidárias. Com membros dos partidos Democrata e Republicano, eles vêm de diversos estados, como Nova York, Califórnia, Colorado, Louisiana, Nebraska, Carolina do Sul, Washington e Wisconsin.

Essa diversidade política e geográfica destaca a gravidade do problema e a unidade na busca pela proteção das crianças e adolescentes nas plataformas online.

Entenda a acusação

A acusação central contra a Meta está na alegação de que a empresa teria deliberadamente projetado o Instagram e o Facebook para manter os usuários jovens engajados por mais tempo, incentivando um ciclo vicioso de uso.

A estratégia envolve o uso de algoritmos, excesso de alertas e notificações, bem como o infame feed de rolagem infinita, que mantém os usuários ‘eternamente’ envolvidos com o conteúdo.

Além disso, a empresa disponibiliza recursos que, de acordo com os procuradores-gerais, têm um impacto negativo na saúde mental dos jovens, tais como as “curtidas” e os filtros, que podem levar à comparação social e à dismorfia corporal.

Empresa coletava dados pessoas de menores sem autorização

Outra acusação grave é a violação da Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças. A Meta é acusada de coletar dados de menores de 13 anos sem a autorização adequada dos pais, o que vai de encontro às disposições legais destinadas a proteger a privacidade das crianças na internet.

Promotoria garante que Meta já conhecia riscos

Os procuradores-gerais argumentam que a Meta estava ciente dos efeitos negativos dessas práticas e optou por não tomar medidas para evitar tais danos.

Documentos internos da empresa, divulgados pela ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, em 2021, apontam para o conhecimento interno dos impactos das redes sociais nas crianças e adolescentes.

Um relatório do Wall Street Journal revelou que 32% dos adolescentes admitiram que se sentiam mal com seus corpos, e o Instagram piorava essa situação.

Brian Schwalb, procurador-geral do Distrito de Columbia, afirmou em entrevista à CNBC que a Meta deveria ter alertado os usuários de que o Instagram e o Facebook eram produtos potencialmente perigosos e viciantes, mas falhou em fazê-lo.

Posição da Meta

Em resposta às acusações, a Meta emitiu um comunicado por meio de seu porta-voz, Andy Stone, no qual a empresa reafirma seu compromisso de proporcionar experiências online seguras e positivas.

A empresa expressou desapontamento com a decisão dos procuradores-gerais de processá-la, alegando que preferiria colaborar com o setor para estabelecer padrões claros de operação de seus aplicativos.

Relembrando outros casos

Não é a primeira vez que um grupo considerável de procuradores-gerais decide enfrentar a Meta. Em 2020, 48 estados processaram a empresa por alegações antitruste, demonstrando uma postura de fiscalização mais rigorosa em relação às gigantes da tecnologia.

Além disso, esse processo reflete uma união benéfica na busca pela proteção de crianças e adolescentes nas plataformas online. Legislativamente, os legisladores já se uniram anteriormente em prol dessa causa, como evidenciado por ações contra o TikTok por motivos semelhantes, demonstrando um compromisso persistente com a segurança digital da juventude.

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