Um estudo realizado pelo ADP Research Institute revelou que 35% dos profissionais brasileiros enfrentam insegurança em relação ao atual trabalho. Esta preocupação é agravada entre os membros da geração Z, onde atinge 50% dos jovens entre 18 e 24 anos.
O estudo, que ouviu mais de 32 mil trabalhadores em 17 países, com mais de 5 mil na América Latina, destaca o impacto do ambiente de trabalho e as preocupações geradas pelo excesso de carga, a falta de flexibilidade e reconhecimento salarial, juntamente com as incertezas decorrentes da inteligência artificial. A seguir, continue lendo e veja outros dados impactantes do estudo.
Estudo aponta insegurança em relação ao trabalho
A pesquisa também demonstrou que homens (38%) estão mais inseguros em seus empregos do que as mulheres (32%).
No entanto, os jovens da geração Z estão particularmente apreensivos, questionando a necessidade de se esforçar além do necessário, levando a tendências como o “quiet quitting” (realizar o mínimo necessário) e o “act your wage” (ajustar o esforço ao salário).
Outra pesquisa, conduzida pela Randstad, uma multinacional de recursos humanos, revelou que 38% dos jovens da geração Z já deixaram cargos que não estavam alinhados com seus objetivos pessoais.
A incerteza no mercado de trabalho, em 2023, combinada com a retomada da atividade presencial por parte das empresas, tem contribuído para o aumento das preocupações entre os profissionais.
Idade também reforça preocupação com emprego
Embora pareça contraintuitivo, a pesquisa mostra que 24% das pessoas com mais de 55 anos também se sentem inseguras no emprego atual. Isto pode estar relacionado ao aumento na expectativa de vida e às políticas de diversidade nas empresas.
A insegurança no trabalho está intrinsecamente ligada às transformações do mundo profissional, com os avanços tecnológicos e a crescente presença da inteligência artificial.
Ocupações vão sofrer mudanças expressivas, diz pesquisa
Segundo o estudo “Futuro do Trabalho 2023”, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, até 2027, 23% das ocupações devem sofrer mudanças significativas devido a estes avanços.
Uma pesquisa da edX, uma plataforma de educação online fundada pelas universidades Harvard e MIT, aponta que 49% das habilidades da força de trabalho não serão relevantes nos próximos dois anos devido à inteligência artificial.
A preocupação com o futuro profissional é agravada pelo fato de que mais de 40% dos profissionais brasileiros afirmam que seus empregadores não discutem o desenvolvimento de carreira e as habilidades necessárias para o trabalho atual.
Leia mais: Melhor se adaptar: 7 tendências do mercado de trabalho HOJE
Remuneração também vai sofrer impacto, apontam especialistas
Outra preocupação crescente é a questão da remuneração, que se tornou ainda mais crítica após a inflação corroer o poder de compra dos salários.
A incerteza econômica e os lay-offs em empresas de tecnologia e startups têm aumentado as preocupações entre os trabalhadores.
Para combater a insegurança no trabalho, especialistas enfatizam a importância de promover ambientes de trabalho equilibrados, que incentivem o bem-estar, o desenvolvimento profissional e a inclusão.
Medidas como ouvir os colaboradores, treinar líderes em empatia, promover relações mais humanas no ambiente de trabalho e disponibilizar apoio psicológico são sugeridas como ações eficazes.
Em um cenário em constante evolução, as empresas têm um papel fundamental em garantir que seus funcionários se sintam seguros e motivados em seus empregos, criando um ambiente propício para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Leia mais: Estas empresas brasileiras podem adotar 4 dias de trabalho na semana
*Com informações da Forbes