A medida que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) anunciou, onde prevê a redução da taxa de juros do empréstimo consignado do INSS não foi bem recebida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que criticou a diminuição da taxação do serviço amplamente procurado por segurados. Siga a leitura, logo abaixo, e entenda o que pode impactar na modalidade de crédito.
Com os dias contados?
Na última quarta-feira (11), o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) tomou a decisão de reduzir a taxa de juros máxima para empréstimo consignado oferecido aos aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A taxa que anteriormente era de 1,91% ao mês, passou a ser de 1,84% ao mês.
Entretanto, a medida não foi bem recebida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que criticou a diminuição da taxa de juros. Continue a leitura e entenda mais detalhes.
Leia mais: Novo empréstimo RÁPIDO da Caixa anima os clientes, veja como pedir
Redução de juros do consignado revolta bancos
A Febraban argumenta que essa redução pode levar muitos bancos a deixarem de oferecer essa modalidade de empréstimo. A entidade expressou, em comunicado, que o novo limite de juros está em um “patamar não economicamente viável” e caracterizou a diminuição como “artificial e arbitrária”.
As instituições financeiras haviam proposto congelar o teto de juros até o final do mês, quando ocorrerá a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
Essa reunião determina a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. No entanto, essa proposta não obteve maioria. Vale ressaltar que o CNPS é composto por representantes do governo, dos trabalhadores, dos aposentados e dos empregadores, sendo esta última categoria que inclui os bancos.
Reação dos bancos
Além disso, a decisão do CNPS também desagradou aos bancos, que afirmam que o Conselho não levou em consideração o diálogo e a análise técnica aprofundada de todas as variáveis que afetam os custos e riscos associados ao empréstimo consignado do INSS.
Eles alertam para as consequências que isso pode ter para os aposentados, que o ministro Lupi diz proteger. Os bancos também apontaram que a oferta de crédito consignado para aposentados do INSS diminuiu consideravelmente de 2022 para 2023, e atribuíram essa queda à política de redução de juros.
Instituições podem parar de oferecer serviço
Segundo a Febraban, essa redução, sob a alegação de beneficiar os aposentados, teve um efeito oposto, afetando negativamente a camada mais vulnerável desse público, que necessita de crédito em condições mais acessíveis.
Nesse cenário, cada banco terá a liberdade de decidir se continuará ou não a oferecer essa modalidade de crédito.
As vantagens do crédito consignado
O empréstimo consignado é uma opção de crédito disponível para aposentados e pensionistas do INSS, no qual as prestações são descontadas diretamente de seus benefícios.
Essa forma de crédito pode ser utilizada para diversas finalidades, desde viagens e reformas até projetos pessoais e imprevistos do dia a dia. Vale mencionar que a quitação das prestações do consignado ocorre antes do crédito do benefício, similar ao desconto do imposto de renda, por exemplo.
Leia também: INSS alerta: o que fazer se receber descontos sem autorização?