Após a divulgação do possível valor do salário-mínimo de 2024, um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta o valor necessário do salário padrão para atender às necessidades fundamentais de uma família no país, e os números são surpreendentemente distantes da realidade. Saiba mais detalhes sobre a triste descoberta, logo abaixo.
Poderia ser maior
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) acaba de disponibilizar dados que revelam uma realidade econômica preocupante para os brasileiros.
O levantamento aponta o valor necessário do salário mínimo para atender às necessidades fundamentais de uma família no país, e os números são surpreendentemente distantes da realidade.
Leia mais: Quando o abono salarial de 2023 entra na conta? Veja as datas
Salário-mínimo ideal está longe da realidade
Apesar do salário mínimo nacional atual ser de R$ 1.320, o Dieese estima que o valor ideal deveria ser de R$ 6.281, uma discrepância de quase R$ 4.000.
A base para esse cálculo repousa no preço da cesta básica mais cara do Brasil, com a premissa de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir todas as necessidades de uma família, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em setembro, o valor necessário registrou uma ligeira diminuição em relação a agosto, quando alcançou R$ 6.389,72, ou 4,84 vezes o valor do salário mínimo. Em setembro de 2022, o salário mínimo ideal era de R$ 6.306,97, equivalente a 5,20 vezes o salário vigente naquela época, de R$ 1.212.
Variação da cesta básica por regiões
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese, Brasília liderou a lista das cidades com a maior redução nos preços da cesta básica em setembro, com uma queda de 4,03%. Em seguida, figuram Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%).
Por outro lado, a capital com o maior aumento nos preços dos alimentos essenciais foi Vitória (3,18%), seguida por Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%).
A cesta básica mais cara do país foi encontrada na capital catarinense, custando R$ 747,64, seguida por Porto Alegre, com R$ 741,71, e São Paulo, com R$ 734,77. O Rio de Janeiro ocupou a quarta posição, com uma média de R$ 719,92.
Já a composição da cesta básica difere nas regiões Norte e Nordeste, onde os preços mais elevados foram registrados em Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
12 capitais registram queda no preço da cesta básica em 2023
De janeiro a setembro, a cesta básica ficou mais acessível em 12 capitais brasileiras, com destaques para Goiânia (-10,46%), Campo Grande (-9,21%) e Brasília (-9,14%). Por outro lado, os maiores aumentos durante esse período ocorreram em Natal (2,5%), Aracaju (2,17%) e Recife (0,9%).
De acordo com a pesquisa, o trabalhador precisou destinar aproximadamente 53,09% de seu rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, descontando a alíquota de 7,5% referente à Previdência Social.
Leia também: Decisão TOMADA! Novo salário-mínimo é revelado e impactará o salário dos brasileiros