Ministro comenta possível saída de Uber do Brasil; e agora?

Segundo afirmou, na última quarta-feira (4), o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a Uber, os motoristas e o governo estão buscando um processo de negociação, mas há impasses para um acordo, especialmente com o setor de entregadores. Uma das propostas é oferecer uma variedade de opções de contrato para trabalhadores e empresas, dando ao motorista de aplicativo a possibilidade de trabalhar em regime CLT. Entenda mais detalhes sobre a polêmica, a seguir.

Segundo afirmou, na última quarta-feira (4), o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a Uber, os motoristas e o governo estão buscando um processo de negociação, mas há impasses para um acordo, especialmente com o setor de entregadores. Uma das propostas é oferecer uma variedade de opções de contrato para trabalhadores e empresas, dando ao motorista de aplicativo a possibilidade de trabalhar em regime CLT. Entenda mais detalhes sobre a polêmica, a seguir.
Ministro comenta possível saída de Uber do Brasil; e agora? | Foto: Montagem / Reprodução

Uber contra a parede

Na última quarta-feira (4), o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez declarações impactantes durante uma audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, abordando a situação da Uber no Brasil.

O ministro afirmou que, caso a Uber decida sair do país, essa seria uma decisão exclusiva da empresa, no entanto, Marinho não acredita que isso ocorrerá devido ao Brasil ser o principal mercado da plataforma. Continue a leitura, logo abaixo, e entenda mais detalhes sobre a declaração.

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Entenda a polêmica

Marinho enfatizou que as negociações entre as partes envolvidas, principalmente com o setor de entregadores, têm sido desafiadoras. Ele destacou que as empresas estão buscando enriquecer-se à custa do trabalho dos entregadores e não estão atendendo às reivindicações dos trabalhadores.

Em sua fala, o ministro apresentou as propostas do governo para lidar com essa situação. Ele destacou a importância de regulamentar e proteger os direitos dos trabalhadores que atuam em aplicativos de entrega.

Isso inclui garantir o pagamento do salário mínimo, controlar o excesso de jornada de trabalho e oferecer condições para que os trabalhadores tenham acesso à previdência e proteção social. Marinho enfatizou que muitos trabalhadores nesse setor enfrentam jornadas exaustivas, o que é considerado quase análogo à escravidão.

Motoristas da Uber em regime CLT

Uma das propostas do ministro é oferecer uma variedade de opções de contrato para trabalhadores e empresas. Isso significa que aqueles que desejam um contrato de trabalho regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) terão essa opção.

No entanto, também será possível escolher outras alternativas, desde que esses contratos garantam direitos previdenciários, evitem excesso de jornada e protejam contra acidentes e doenças, visando não colocar em risco a segurança dos trabalhadores e dos clientes.

Marinho levantou uma questão fundamental, enfatizando a importância de debater se essas tecnologias devem servir apenas para enriquecer alguns enquanto os trabalhadores enfrentam condições precárias.

Uber segue em silêncio

A CNN procurou a Uber para comentar as declarações do ministro, mas, até o momento, não obteve resposta da empresa.

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*Com informações da CNN Brasil.