Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada no início deste ano, cerca de 78,3% das famílias brasileiras estão lidando com diferentes tipos de dívidas, sejam elas atrasadas ou não. Mas a grande questão é o que se deve fazer quando não há mais dinheiro para quitas as pendências financeiras que viraram uma verdadeira bola de neve. Saiba a resposta, logo a seguir.
Quando as dívidas acumulam
Estar atolado em dívidas não é uma situação incomum, pois, de acordo com dados de uma recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada no início deste ano, cerca de 78,3% das famílias brasileiras estão lidando com algum tipo de dívida, seja ela atrasada ou não.
Isso reflete uma preocupação generalizada, já que muitos cidadãos enfrentam dificuldades para quitar seus compromissos financeiros, o que frequentemente resulta em sentimentos de desespero.
Contudo, é importante manter a calma, pois existem soluções viáveis para essa situação. Continue lendo para descobrir mais a respeito, logo abaixo.
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Sem dinheiro para quitar dívidas, o que fazer?
O primeiro passo a adotar quando se encontra sem recursos financeiros para honrar suas dívidas é buscar organização, examinando atentamente quais são as dívidas pendentes, seus montantes e as datas de vencimento correspondentes.
Em seguida, é essencial evitar contrair novas dívidas. Evite compras impulsivas e adquira somente o que for estritamente necessário no momento. Estabeleça prioridades e corte despesas supérfluas.
No entanto, a ação mais importante diante da falta de recursos para pagar as dívidas é iniciar negociações com as empresas credoras, visando obter condições de pagamento mais favoráveis.
Priorizando as dívidas
Com tantas dívidas acumuladas, é compreensível que você se sinta indeciso sobre por onde começar a pagar. Nesse sentido, é fundamental realizar uma análise criteriosa que leve em consideração a realidade de cada uma delas, determinando qual merece prioridade. Para conduzir essa análise, siga esta separação:
1. Relacionadas a serviços essenciais
Nessa categoria se enquadram as contas cruciais para a manutenção do lar, tais como água, luz e gás. O não pagamento dessas despesas pode resultar na suspensão dos serviços, gerando consequências adversas devido à escassez desses recursos. Além disso, é importante incluir nesse grupo os valores de aluguel e condomínio, pois essas dívidas, se acumuladas, podem comprometer significativamente o bem-estar de sua família.
2. Com taxas de juros elevadas
Dívidas que incorrem em juros elevados merecem uma atenção especial. Deixá-las para pagamento futuro pode resultar em um montante a ser pago quatro ou cinco vezes maior do que o valor inicial. Isso inclui dívidas relacionadas a cartões de crédito, cheque especial e empréstimos bancários.
Priorizar o pagamento das dívidas com as maiores taxas de juros é fundamental para evitar um acúmulo ainda maior de encargos, tornando a quitação mais difícil.
3. Dívidas de maior valor
Caso você tenha dívidas com amigos ou parentes, é importante buscar a regularização dessas pendências. Dependendo do valor, é possível propor negociações, parcelamentos e até obter descontos. Liste todas as pessoas a quem você deve e identifique a dívida de maior montante.
Inicie o pagamento por essa dívida e prossiga até quitar todas as obrigações financeiras. É importante observar que as dívidas com instituições bancárias podem caducar após cinco anos, o que significa que, embora o CPF não seja mais negativado, a dívida ainda existe e pode ser negociada.
Pague suas contas sem comprometer o salário
Especialistas recomendam que, para evitar comprometer excessivamente o salário, se separe aproximadamente de 20% a 30% da renda para o pagamento das contas, incluindo as dívidas.
Por exemplo, se o salário líquido mensal for de R$1.800,00, destine 20% desse valor para quitar as despesas básicas, como água, luz e gás, e reserve 30% para o pagamento de financiamentos ou outras dívidas pendentes.
Empréstimos para pagar dívidas
Em situações de urgência em que é necessário quitar as dívidas de forma rápida, recorrer a um empréstimo pode ser uma alternativa viável para solucionar o problema.
Quando uma pessoa substitui várias dívidas com altas taxas de juros por uma única dívida com uma taxa de juros mais baixa, as chances de cumprir todos os pagamentos e equilibrar a situação financeira aumentam consideravelmente.
Além disso, fazer um empréstimo não apenas proporciona alívio financeiro, mas também oferece a oportunidade de limpar o nome, sair da lista de inadimplentes e melhorar o score de crédito, possibilitando futuras aquisições. Atualmente, programas governamentais, como o Desenrola Brasil, oferecem oportunidades vantajosas para a quitação de dívidas.
Como organizar minhas finanças?
O princípio fundamental para organizar suas finanças pessoais é não gastar mais do que você ganha, aderindo ao seu orçamento. Tenha em mente o valor do seu salário e ajuste suas despesas e gastos para que estejam alinhados com sua renda.
Modifique seus hábitos e adquira somente o que você pode pagar, evitando a tentação de adquirir itens supérfluos. Sempre que possível, opte por pagamentos à vista e não utilize o cartão de crédito de forma indiscriminada. O uso de planilhas de gastos é uma ferramenta eficaz para manter o controle financeiro.
Manter suas finanças pessoais organizadas significa evitar o acúmulo de dívidas e requer tomar decisões conscientes e responsáveis para evitar futuros transtornos financeiros.
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