Como o Drex deve facilitar a compra da casa própria pelos brasileiros

O setor imobiliário do Brasil, notório pelos seus labirintos burocráticos, está à beira de uma transformação digital, graças ao surgimento do Drex, uma inovadora moeda digital nacional. Esta moeda, contrastando com as voláteis criptomoedas, busca reformular as operações comerciais do país, tornando-as mais eficientes e seguras, especialmente no setor imobiliário. Mas como essa revolução está se desdobrando e quando ela será implementada completamente?

Como o Drex deve facilitar a compra da casa própria pelos brasileiros
O Drex promete revolucionar o mercado imobiliário brasileiro, tornando as transações mais rápidas e seguras. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Imóveis comprados pelo Drex?

O Drex tem como base o Real, mas em formato digital, divergindo de criptomoedas que operam independentemente dos bancos centrais, com seus valores flutuando conforme a demanda do mercado. A aspiração com o Drex é que a compra de imóveis, tradicionalmente arrastada e cheia de entraves burocráticos, se torne um processo mais ágil, com transações realizadas quase em tempo real. A tecnologia blockchain, que sustenta essa nova moeda digital, possibilita a formação de “contratos inteligentes”, que são autoexecutáveis, garantindo assim que a transferência de propriedade e os pagamentos ocorram de maneira sincronizada, mitigando os riscos convencionais presentes nas vendas de propriedades.

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Esses contratos inteligentes, ao serem ativados, têm o potencial de eliminar as incertezas habitualmente vinculadas às transações imobiliárias. Contudo, como destacado por Fabio Araujo do Banco Central, é imprescindível assegurar a veracidade das propriedades transacionadas digitalmente, garantindo que correspondam às especificações fornecidas e sejam autênticas. Essa precaução é crucial para evitar possíveis conflitos e garantir a integridade das operações realizadas com o Drex.

Este inovador meio de pagamento, ainda em estágio experimental, já demonstra resultados auspiciosos, tendo alcançado sucesso em 500 operações durante os primeiros 50 dias de testes, colaborando com 11 instituições financeiras distintas. O Banco Central delineou um plano progressivo para a plena implementação do Drex, iniciando com uma fase exclusiva para instituições financeiras que se conclui em maio de 2024. Se os progressos continuarem positivos, espera-se que produtos baseados no Drex sejam disponibilizados ao final de 2024 e início de 2025. A fase de testes para o público geral está prevista para 2025, porém, de maneira restrita, com a operação plena do Drex sendo prevista para 2026, dependendo, claro, dos resultados dos testes em andamento.

A implementação do Drex promete ser um marco na economia brasileira, com potencial para simplificar e acelerar transações, proporcionando segurança e praticidade inéditas. A perspectiva de transações imobiliárias em tempo real e com custos mínimos ressalta o caráter revolucionário dessa nova moeda. Contudo, o percurso até a sua total implementação requer paciência, com cada fase de testes sendo crucial para o aprimoramento e correção de possíveis falhas do sistema.

Digitalização financeira

Ao repensar o conceito de dinheiro e transações, o Drex está alinhado com uma tendência global de digitalização financeira, sendo um passo significativo para o Brasil no cenário econômico mundial. Além de promover uma revolução no setor imobiliário, o Drex poderá, a longo prazo, impactar diversas outras áreas comerciais, tornando transações mais transparentes, rápidas e seguras, o que é essencial em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado.

É evidente que a viabilização do Drex está rodeada por expectativas, com potencial para transformar radicalmente a maneira como os negócios são conduzidos no Brasil. Mas, enquanto esperamos sua plena operacionalização, é essencial que as autoridades e desenvolvedores se mantenham vigilantes para garantir a integridade e segurança desse novo sistema financeiro. Se bem sucedido, o Drex não só reformulará o mercado imobiliário brasileiro mas será também um divisor de águas para toda a economia nacional.

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