Mesmo que ainda não regularizada, a profissão de motorista de aplicativos se tornou uma escolha popular entre os brasileiros que buscam uma fonte adicional de renda ou até a única fonte de sustento. No entanto, os ganhos já não são mais tão altos como em áureos tempos, seja através da Uber ou da 99, e portanto envolve a consideração de diversos fatores essenciais. Entenda como funciona a base de cálculo, logo abaixo.
De olho nos ganhos
Os aplicativos de transporte se tornaram uma escolha popular entre os brasileiros que buscam uma fonte adicional de renda ou até mesmo desejam transformá-la em sua principal fonte de sustento financeiro. No entanto, compreender o potencial de ganhos como motorista de aplicativo, seja através da Uber ou da 99, envolve a consideração de diversos fatores essenciais.
Continue a leitura, a seguir, e entenda como funciona o lucro obtido pelos motoristas de aplicativo no Brasil, atualmente.
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Entenda quanto ganha um motorista de aplicativo
É crucial ter em mente como as corridas funcionam em sua localidade, pois isso pode variar substancialmente, dependendo da região onde você reside. Além disso, o custo do combustível também exerce uma influência significativa em seus rendimentos. Para aqueles que dedicam aproximadamente quatro horas por dia em cidades movimentadas, como São Paulo ou Rio de Janeiro, é possível obter uma renda mensal de até R$ 800.
Quanto mais roda, mais ganha
Aqueles que se comprometem a trabalhar oito horas por dia nessas cidades podem elevar seus ganhos para um patamar de R$ 1.800 a R$ 2.000 mensais. Para os motoristas dispostos a dedicar doze horas seguidas ao volante, é possível atingir uma média de R$ 2.500 a R$ 3.000 por mês. É importante ressaltar que esses números podem variar dependendo do aplicativo. Por exemplo, a Uber tem uma taxa de retenção de lucros mais elevada em comparação com a 99.
Uber x 99
Isso significa que, enquanto é possível ganhar mais com menos horas na Uber, você também compartilhará uma parte maior dos seus ganhos com o aplicativo em comparação com a 99. No caso da 99, geralmente, os motoristas precisam dirigir mais horas para alcançar uma renda satisfatória, mas a taxa de retenção de lucros é menor.
Justiça favorece categoria
Recentemente, a Justiça do Trabalho emitiu uma decisão impactante que favorece os motoristas de aplicativo. De acordo com a decisão da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, assinada pelo juiz Mauricio Pereira Simões, os motoristas de aplicativo deverão ser formalmente registrados em suas carteiras de trabalho.
Além disso, a Uber, em particular, terá a responsabilidade de arcar com os encargos trabalhistas relacionados a essa categoria de trabalhadores. Essa determinação tem validade em todo o território nacional, representando uma conquista significativa para a categoria dos motoristas de aplicativo.
Na sentença emitida por Simões em resposta a uma ação civil pública iniciada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), especificamente pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, foi exigido que a Uber pague uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 bilhão. No entanto, é importante destacar que os motoristas não receberão diretamente essa indenização. Em vez disso, 90% do valor total será destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, enquanto os 10% restantes serão direcionados às associações de motoristas de aplicativos devidamente registradas.
Origem da ação
A ação teve origem a partir de uma denúncia apresentada pela Associação dos Motoristas Autônomos de Aplicativos (AMAA) e estava relacionada às condições de trabalho oferecidas pela Uber aos motoristas. O magistrado chegou à conclusão de que a empresa agiu de forma dolosa em sua relação com os profissionais, negligenciando obrigações em várias áreas, que incluem questões trabalhistas, previdência, saúde e assistência.
O juiz Maurício Pereira Simões foi além ao estabelecer uma penalidade diária de R$ 10 mil para cada motorista não registrado de acordo com as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Uber recebeu um prazo de seis meses, a contar da data em que a decisão se tornar definitiva, para regularizar essa situação. Por sua vez, a Uber anunciou que planeja recorrer da sentença, classificando-a como uma “anomalia jurídica” e alegando que contraria precedentes estabelecidos em casos similares.
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