Dinheiro esquecido – São bilhões de reais estacionados em contas inativas, esperando ser resgatados por seus legítimos donos. Mas o que deveria ser um alívio financeiro para milhões de pessoas, na realidade, permanece uma montanha de dinheiro pouco explorada. De acordo com dados atualizados do Sistema Valores a Receber (SVR) pelo Banco Central, impressionantes R$ 7,299 bilhões permanecem esquecidos em bancos e outras instituições financeiras. Continue lendo para descobrir mais detalhes e como você pode verificar se faz parte desse grupo de beneficiários.
Bilhões de reais em dinheiro esquecido
A esmagadora maioria dos recursos pendentes pertence a pessoas físicas, alcançando a cifra de R$ 5,853 bilhões. O número de beneficiários individuais ultrapassa a marca de 37 milhões de pessoas. Em contrapartida, empresas, representadas por seus CNPJs, deixaram para trás cerca de R$ 1,445 bilhões, envolvendo quase três milhões de instituições. Não são valores insignificantes, já que, até o momento, foram devolvidos R$ 4,707 bilhões, dos quais R$ 3,499 bilhões para pessoas físicas e R$ 1,208 bilhões para pessoas jurídicas.
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A alocação desses valores não resgatados também oferece um panorama interessante. Os bancos aparecem como os principais detentores do dinheiro ainda não reclamado, somando R$ 4,261 bilhões. Logo atrás, temos as administradoras de consórcios, com um montante que se aproxima de R$ 2,2 bilhões. Cooperativas, financeiras e instituições de pagamento acumulam centenas de milhões, enquanto corretoras e distribuidoras e outros tipos de instituições contabilizam dezenas de milhões.
No período de fevereiro a julho, o valor disponível para resgate aumentou, indo de R$ 6,073 bilhões para os atuais R$ 7,299 bilhões. Quando se olha para o perfil dos beneficiários, a grande maioria, cerca de 28,8 milhões de pessoas, tem a receber valores até R$ 10. A faixa seguinte, envolvendo valores entre R$ 10,01 e R$ 100, conta com aproximadamente 11,6 milhões de beneficiários. Quem possui créditos entre R$ 100,01 e R$ 1000 representa um grupo de quase 4,7 milhões, e aqueles com montantes acima de R$ 1000 são cerca de 814 mil.
Como consultar
Se você está curioso para saber se possui algum valor a receber, a informação está à disposição na página do Banco Central (https://www.bcb.gov.br/), onde também há diretrizes sobre como solicitar a devolução desses valores. Importante frisar que a consulta e os serviços de valores a receber são totalmente gratuitos. O Banco Central adverte que nenhuma forma de pagamento é requerida para acessar esses valores e que a instituição não envia links ou entra em contato com o beneficiário para confirmar dados pessoais.
Seguindo essa linha, o Banco Central também orienta que somente a instituição financeira mencionada no Sistema de Valores a Receber tem autorização para entrar em contato sobre esse tema, e essa instituição jamais solicitará senhas dos beneficiários. “Não clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram”, adverte o BC. Portanto, se você acha que pode ter algum valor a receber, não deixe essa oportunidade passar. O processo é gratuito e pode representar um alívio financeiro bem-vindo, especialmente em tempos de incerteza econômica.
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