Batata com gosto estranho? Surpreender-se com um “corpo estranho” em um pacote de Ruffles não é algo que a maioria das pessoas gostaria de vivenciar. Por essa razão, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu que a Pepsico do Brasil Indústria e Comércio de Alimentos, empresa responsável pela fabricação da marca Ruffles, deve indenizar um cliente em R$ 2.000,00 por danos morais. O caso acende um alerta sobre a qualidade dos produtos alimentícios e a responsabilidade das empresas neste setor.
Cliente encontrou algo estranho em meio ao pacote de batata
A decisão foi proferida pela juíza Marília de Ávila e Silva Sampaio, que determinou que o valor estipulado serve para compensar a vítima, punir a empresa infratora e prevenir ocorrências futuras. O consumidor afirmou, no processo, que experimentou um gosto amargo e uma consistência estranha ao mastigar o produto. Ao verificar o pacote, deparou-se com um elemento não identificado e aparentemente mofado entre as batatas. Além do susto inicial, o cliente relatou sentir mal-estar no estômago e dor abdominal, emoções que foram descritas como “nojo e revolta”.
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O tribunal considerou esses elementos e os classificou como justificativas suficientes para a indenização. A decisão teve como base legal o Código de Defesa do Consumidor, que estabelece a responsabilidade objetiva do fabricante por danos causados aos consumidores devido a defeitos em seus produtos, independentemente de se poder comprovar culpa por parte da empresa. Em outras palavras, o fato de o consumidor ter encontrado o objeto estranho no produto já é suficiente para estabelecer a responsabilidade da Pepsico.
A empresa tentou reverter o cenário judicial e recorreu da decisão. Contudo, o recurso foi negado pela justiça, reafirmando a necessidade de indenização ao consumidor. A situação não só coloca a Pepsico em uma luz negativa como também lança questões sobre os padrões de qualidade e segurança alimentar da indústria em geral. O caso é um lembrete crucial para as empresas de que negligenciar esses aspectos pode resultar não apenas em custos financeiros, mas também em dano à sua reputação.
Segurança do consumidor
A assessoria de comunicação da Pepsico não forneceu qualquer declaração sobre o veredicto. Caso haja uma resposta da empresa, este texto será atualizado para refletir suas observações. No entanto, o acontecimento já deixa um recado claro para as corporações do setor alimentício: a qualidade do produto e a segurança do consumidor devem estar sempre no topo das prioridades. E para os consumidores, o caso serve como um lembrete para serem sempre vigilantes e informados, já que a justiça, apesar de lenta, ainda funciona como um mecanismo de equilíbrio em casos de negligência corporativa.
Esse incidente é mais um na série de casos em que consumidores se sentem lesados por grandes corporações e decidem levar o caso a tribunal. Embora seja uma situação desconfortável para ambas as partes, casos como este são essenciais para fortalecer as relações de consumo, tornando-as mais transparentes e seguras, à medida que pressionam as empresas a elevarem seus padrões de qualidade e atendimento.
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