É inevitável que, com o passar dos anos, nossos corpos passem por mudanças que são um pouco mais difíceis de se resolver do que quando tínhamos vinte e poucos. Nas mulheres, em torno dos 40 anos, é bastante comum observar um aumento significativo da gordura na região da cintura. No entanto, vale ressaltar que evitar o aumento das medidas nessa área não é apenas uma questão estética, mas uma questão de saúde. Saiba, a seguir, quais os riscos do acúmulo de gordura nessa região do corpo e aprenda cinco dicas para melhorar a sua saúde.
A idade e as mudanças do corpo
À medida que envelhecemos, o nosso corpo passa por várias transformações notáveis. Nas mulheres, em torno dos 40 anos, é bastante comum observar um aumento significativo da gordura na região da cintura. No entanto, vale ressaltar que evitar o aumento das medidas nessa área não é apenas uma questão estética, mas, mais importante ainda, uma questão de saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que mulheres com uma circunferência de cintura maior que 80 cm apresentam um risco elevado para uma série de doenças graves, incluindo acidente vascular cerebral (AVC), ataque cardíaco, diabetes, hipertensão (pressão alta) e níveis elevados de colesterol. Esse risco de problemas de saúde se intensifica ainda mais para aquelas com uma cintura que ultrapassa os 88 cm. Saiba mais detalhes sobre o estudo, a seguir, e as cinco dicas para uma vida mais saudável.
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Estudo de quase duas décadas liga alerta
Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) monitorou mais de 44 mil mulheres por um período de 16 anos. Os resultados dessa pesquisa são alarmantes, uma vez que indicaram que as mulheres com uma circunferência de cintura igual ou superior a 88 cm tinham um risco significativamente maior de morte por doenças cardiovasculares, câncer e outras causas.
Surpreendentemente, esse risco permanecia elevado mesmo entre aquelas que estavam dentro da faixa de peso considerada saudável, desde que apresentassem um grande acúmulo de gordura na região abdominal, com uma cintura igual ou superior a 88 cm.
Causas do aumento da cintura em +40
Em entrevista ao Uol, a Dra. Mariana Chaves, uma endocrinologista com formação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialização em nutrologia, explicou que o aumento da circunferência da cintura após os 40 anos está relacionado ao acúmulo de gordura visceral. A gordura visceral é especialmente perigosa para a saúde, pois se deposita entre os órgãos vitais, como o fígado e o coração, e libera substâncias inflamatórias que podem prejudicar o funcionamento adequado do organismo.
Agora que compreendemos a importância de monitorar a circunferência da cintura e os riscos associados ao aumento dessa medida, vamos explorar como medir corretamente a cintura e discutir estratégias para reduzi-la após os 40 anos.
Você sabe medir a sua cintura?
Medir a circunferência da cintura corretamente é o primeiro passo para avaliar o seu risco de saúde e acompanhar o progresso na redução da gordura abdominal. Aqui estão as orientações para medir a cintura adequadamente:
- Localização da medida: O ponto correto para realizar a medida é logo acima do osso do quadril e abaixo das últimas costelas.
- Use uma fita métrica: Nesse ponto, passe a fita métrica ao redor da cintura.
- Não aperte demais: Deixe a fita justa, mas não a aperte excessivamente, de modo que você consiga respirar confortavelmente.
Agora que você sabe como medir a cintura de maneira adequada, saiba, a seguir, quais estratégias para reduzir a medida nessa área do corpo após os 40 anos.
Reduzindo a circunferência da cintura após os 40 anos
É importante ressaltar que, ao perder peso, não é possível direcionar a perda de gordura para uma área específica do corpo, como a cintura. Portanto, não existe um exercício ou alimento milagroso que fará você perder medidas apenas na região abdominal. Em vez disso, o foco deve ser adotar hábitos saudáveis que promovam a redução do percentual de gordura corporal como um todo, o que naturalmente levará à diminuição da circunferência abdominal.
1. Pratique exercícios intensos regularmente
A atividade física desempenha um papel fundamental na melhoria da saúde e na redução da gordura corporal. Recomenda-se treinar pelo menos 30 minutos com intensidade moderada a alta, cinco vezes por semana. O exercício não apenas ajuda na queima de calorias, mas também contribui para melhorar a composição corporal, reduzindo a gordura e aumentando a massa muscular.
2. Combine treino aeróbico e de força
Enquanto o treino aeróbico, como corrida e ciclismo, queima calorias durante o exercício, o treinamento de força, como musculação, acelera o metabolismo, fazendo com que o corpo continue queimando calorias mesmo em repouso.
Além disso, estimula a produção de hormônios como o hormônio do crescimento (GH) e a testosterona, que favorecem a queima de gordura corporal e o ganho de massa magra. É recomendável investir em exercícios que trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempo, como agachamentos, levantamento terra, flexões e supino, para obter resultados eficazes.
3. Adote uma alimentação saudável
A dieta desempenha um papel crucial na redução da gordura abdominal. Em todas as refeições, priorize o consumo de alimentos naturais, como carne magra, frango, peixe, ovos, verduras, legumes, frutas e nozes. Evite doces, carboidratos como pães, bolo, massas e biscoito, corte frituras, fast-food e produtos ultraprocessados. Optar por alimentos ricos em fibras e nutrientes ajuda a controlar o apetite e a manter níveis saudáveis de insulina, contribuindo para a perda de peso.
4. Gerencie o estresse
O estresse crônico pode desempenhar um papel significativo no ganho de peso, especialmente na área da cintura. Isso ocorre porque o estresse aumenta a vontade de consumir alimentos calóricos e pouco saudáveis, inibe a produção de hormônios benéficos como o GH e a testosterona, e pode diminuir a motivação para o exercício.
Além disso, quando você está estressado, o corpo aumenta os níveis de açúcar no sangue, armazenando o excesso de energia na forma de gordura, principalmente na região abdominal. Portanto, é importante implementar técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação, ioga, exercícios de respiração e atividades relaxantes, para ajudar na redução da gordura abdominal.
5. Priorize um sono adequado
A qualidade do sono desempenha um papel crucial na regulação do apetite e do metabolismo. Dormir menos do que o recomendado (geralmente de 6 a 9 horas por noite) pode aumentar a produção do hormônio da fome, levando ao consumo de alimentos calóricos no dia seguinte. Além disso, a falta de sono pode aumentar os níveis de estresse no organismo, contribuindo para o ganho de peso e problemas de saúde relacionados à circunferência da cintura.
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*Com informações do Uol.