Consignado do INSS – Em um cenário de instabilidade econômica, a contratação de empréstimos consignados do INSS tem se tornado uma opção cada vez mais recorrente para brasileiros em busca de alívio financeiro. No entanto, você sabia que o limite de comprometimento mensal de sua renda não pode exceder 35%? E que as recentes alterações nas taxas de juros têm gerado controvérsias entre o Governo Federal e instituições bancárias? Nesta matéria, mergulharemos em profundidade nos detalhes que você precisa saber antes de tomar essa decisão.
INSS alterou regras
A oscilação da economia tem levado muitos cidadãos a buscar alternativas para equilibrar o orçamento doméstico. No caso dos empréstimos consignados vinculados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a primeira coisa a considerar é que a parcela mensal do empréstimo não pode ultrapassar 35% da sua renda. Em termos práticos, se o valor do seu benefício for de R$ 1.000, você não poderá comprometer mais do que R$ 350 com o pagamento do empréstimo. Se o benefício for de R$ 5.000, o limite sobe para R$ 1.750 por mês. Parece simples, mas essa é apenas a ponta do iceberg.
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Além do limite da parcela mensal, outros fatores como taxas de juros e encargos fiscais devem ser levados em conta. De acordo com Fernando de Aquino, economista e conselheiro federal coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o custo total de um empréstimo consignado do INSS pode alcançar uma taxa de 1,91% ao mês. Esse percentual ainda está sujeito a variações, uma vez que inclui encargos fiscais, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esses custos podem elevar a taxa de juros para algo em torno de 2% ao mês.
Mas as complexidades não param por aí. Optar por um empréstimo consignado do INSS significa que as parcelas serão automaticamente descontadas da sua renda mensal. Ou seja, há uma redução imediata no valor que você receberá mensalmente. Se atrasos ou inadimplências ocorrerem, tanto os juros quanto as multas incidirão sobre as parcelas não pagas, ampliando o montante total da dívida.
Debates e polêmicas
Recentemente, uma onda de debates e polêmicas sacudiu o campo dos empréstimos consignados. Em março de 2023, o Governo Federal tentou reduzir a taxa de juros desta modalidade de crédito de 2,14% para 1,7%. Contudo, essa medida enfrentou forte resistência por parte dos bancos, que chegaram a suspender temporariamente a oferta desse tipo de empréstimo. Posteriormente, as instituições financeiras e o governo chegaram a um consenso, fixando a nova taxa em 1,97% ao mês.
Diante deste cenário complexo e em constante mudança, a importância de estar bem informado e de buscar orientação profissional qualificada torna-se mais evidente do que nunca. A decisão de contratar um empréstimo deve ser bem ponderada para não comprometer a saúde financeira a longo prazo. Afinal, como já dizia o ditado, é melhor prevenir do que remediar.
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