Ainda existem notas de R$ 1 em circulação? A nota de um real, que um dia já foi parte intrínseca da economia brasileira, hoje se tornou objeto de desejo de colecionadores dispostos a pagar quantias exorbitantes por ela. Mas você já parou para pensar sobre o percurso desta nota desde a sua primeira impressão até se tornar um tesouro raro? A história do papel-moeda que uma vez foi essencial, mas hoje é quase uma relíquia, é recheada de curiosidades que vão desde seu desenho até os motivos que levaram ao seu desaparecimento.
Notas de R$ 1 começaram a circular em 1994
Emitida pela primeira vez em 1994 pela Casa da Moeda do Brasil, a nota de um real chegou às mãos do público no dia 1º de julho do mesmo ano, acompanhando o lançamento do Plano Real. Este plano substituiu o então Cruzeiro Real e buscou estabilizar a economia do país após um período de hiperinflação. No entanto, a cédula teve sua produção encerrada em 2005, cedendo espaço para a moeda de um real.
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O Banco Central do Brasil revelou que ainda existem cerca de 148 milhões de cédulas de um real em circulação no país, uma cifra modesta se comparada ao número de moedas de um real, que ultrapassam a casa dos 4 bilhões. Um dos fatores que precipitou o término da produção da cédula foi seu custo de fabricação, consideravelmente mais alto do que o de sua versão em moeda, além de sua baixa durabilidade. Em uma era focada na otimização de recursos, a decisão de substituir a nota por uma moeda mais duradoura fez sentido econômico para o Banco Central.
A raridade dessas cédulas tem alimentado um mercado interessante para colecionadores. Uma busca rápida em plataformas de venda online, como a OLX, mostra que uma única nota pode custar até R$ 200. Isso evidencia o valor intrínseco que a cédula de um real adquiriu ao longo do tempo, principalmente para aqueles interessados em colecionar peças raras de moedas e notas.
História e cultura brasileira
Mas não é apenas a escassez que torna a nota de um real interessante; o próprio design dela carrega uma parte da história e cultura do país. A nota apresenta a imagem de um Beija-Flor, um pássaro nativo do continente americano. Além disso, sofreu modificações ao longo de sua existência. Inicialmente, todas as notas tinham os mesmos elementos de segurança. No entanto, a partir de 1997, em resposta a incidentes de falsificações, foi introduzida a Estampa B com elementos de segurança reforçados. A versão que circulou entre 1997 e 2003 foi posteriormente atualizada em setembro de 2003 para incluir as inscrições “República Federativa do Brasil” e “Banco Central do Brasil” na parte superior e inferior da cédula.
Assim, a trajetória da nota de um real é um reflexo das mudanças e adaptações na economia brasileira. O que começou como uma solução prática para facilitar transações cotidianas acabou se tornando um objeto de valor inestimável para colecionadores e uma lembrança de um período econômico importante do Brasil. Embora já não seja mais vista nos caixas e carteiras como antes, a nota de um real permanece como um interessante capítulo na longa e complexa história da economia brasileira.
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