R$ 300 adicionais? O futuro do Bolsa Família está em jogo esta semana, com os últimos pagamentos do benefício de agosto prestes a serem efetuados. Se você está entre os 20 milhões de brasileiros que dependem do auxílio federal para equilibrar o orçamento familiar, é fundamental entender as mudanças recentes e as nuances que poderiam afetar sua elegibilidade para o programa.
Quem tem direito aos R$ 300 do governo?
Concebido como uma ferramenta para combater a fome e a desigualdade social, o Bolsa Família tem sido um baluarte nas políticas sociais do Brasil. Com pagamentos que atualmente chegam a R$ 600, o programa tem como objetivo, além de garantir um mínimo de bem-estar às famílias em vulnerabilidade, ajudá-las a se reestabelecerem na sociedade. Muitos dos beneficiários conseguem, felizmente, avançar para um novo emprego, o que normalmente seria uma boa notícia. No entanto, essa mudança de status pode interferir nos critérios de elegibilidade para o Bolsa Família, pois um dos requisitos para participar é que a renda per capita da família não ultrapasse R$ 218.
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Percebendo esse potencial empecilho, o governo federal implementou a chamada “Regra de Proteção do Programa Bolsa Família”. Segundo essa normativa, as famílias que já estão no programa e conseguem melhorar sua condição financeira não serão automaticamente excluídas. Elas podem aumentar a renda per capita em até meio salário mínimo, que hoje corresponde a R$ 651, sem perder o direito ao benefício. Nestes casos, o pagamento cai para R$ 300 e permanece ativo por um período de 24 meses. Isso é especialmente útil para as famílias cujos membros conseguiram empregos que pagam um salário mínimo. Para garantir essa proteção, as famílias devem comparecer ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.
E se eu perder o emprego?
Mas e se o pior acontecer e o emprego recém-conquistado for perdido? Há também uma provisão para essa eventualidade. O governo assegura o que chama de “retorno garantido”, permitindo que os beneficiários que perdem o emprego possam retornar ao programa e receber o pagamento integral do auxílio. Aqueles que se beneficiavam da Regra de Proteção, ou que se desligaram do programa por qualquer razão, têm prioridade na readmissão.
O Bolsa Família, portanto, não é apenas um programa estático de assistência social. Ele possui mecanismos flexíveis que se adaptam às mudanças nas circunstâncias financeiras das famílias beneficiárias. Estas medidas são cruciais para não penalizar aqueles que buscam melhorar sua condição de vida através do emprego formal, ao mesmo tempo em que oferece uma rede de segurança para aqueles que enfrentam reviravoltas econômicas inesperadas.
Com as diversas situações econômicas que as famílias brasileiras enfrentam, desde avanços até contratempos, o Bolsa Família se mostra como um programa adaptável às necessidades emergentes. Tanto a Regra de Proteção quanto o “retorno garantido” são respostas do sistema às complexidades da vida financeira das famílias de baixa renda no Brasil. É um passo em direção a um sistema de assistência social mais humano e menos burocrático, onde a dignidade e o bem-estar dos cidadãos são colocados em primeiro plano.
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Atualização do CadÚnico ainda é necessária em 2023?
O Governo Federal está bem mais rígido em relação ao cumprimento das regras de permanência do Bolsa Família, por conta disso, é necessário atualizar o Cadastro Único, mas isso irá depender de alguns fatores. A priori, a regra enfatiza que a atualização deve acontecer a cada dois anos, no máximo.
Contudo, sempre que houver uma mudança no núcleo familiar ou no endereço da residência, ela deve ser informada, ou seja, o cadastro atualizado. Caso isso não aconteça, pode ser que a família seja prejudicada e retirada do programa social.
Na maioria das vezes, ocorre apenas uma suspensão, após a atualização, o beneficiário volta à folha de pagamentos, entretanto, não é bom “tentar a sorte”, pois a depender do caso, pode ser que o bloqueio seja permanente.
Nunca faça isto ao usar o Bolsa Família
O Bolsa Família possui uma grande importância em todo território brasileiro, pois está proporcionando que milhões de pessoas tenham uma renda básica, pelo menos. Entretanto, com tantas vantagens, o programa social está sendo bastante rígido e acaba punindo todos que fizeram algo de errado.
É importante sempre observar algo de suma importância, a saber, a frequência escolar das crianças em idade de escola, caso ela não seja satisfatória, pode ser que o benefício seja bloqueado, tudo isso é uma medida do Governo Federal que visa fomentar ainda mais o interesse pela educação.
Já que segundo o próprio presidente, o Bolsa Família é uma medida de urgência, para ajudar os brasileiros, mas espera-se que no futuro, a maioria dos beneficiários não estejam mais dependendo do programa social para sobreviverem.