Preço de casa e apartamento caiu? Em meio a oscilações econômicas, uma nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) traz reflexões acerca do impacto no mercado imobiliário. Com uma redução na taxa Selic, o que realmente pode mudar nos financiamentos de imóveis? Para quem está pensando em adquirir uma propriedade, este pode ser o momento de observar de perto o cenário.
Valor de casa e apartamento está mais baixo?
No decorrer da última reunião promovida pelo Copom, houve uma alteração significativa na taxa básica de juros. A Selic, que até então estava posicionada em 13,75%, sofreu um corte de 0,50 ponto percentual, estabilizando-se em 13,25%. Essa decisão, entretanto, ainda que relevante, não produz um efeito direto sobre o montante dos financiamentos imobiliários, ao menos em um primeiro momento.
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A tendência é que, a médio e longo prazo, uma redução como essa possa estimular um incremento na demanda do mercado imobiliário. Assim, diante de um ambiente econômico mais atrativo, as instituições financeiras poderiam se sentir motivadas a reavaliar as taxas aplicadas nos financiamentos. Acompanhar as futuras movimentações do Banco Central será essencial para prever tais mudanças com maior precisão.
Um ponto que se destaca nesse universo é a particularidade do crédito imobiliário. Segundo apontamentos de Henrique Leão, economista-chefe e responsável pela pesquisa na TG Core Asset, em entrevista ao Uol, existe uma menor discrepância entre os juros recebidos e os aplicados nos empréstimos imobiliários. Em comparação com outras linhas de crédito, estas taxas demonstram uma menor volatilidade, mesmo diante das variações da Selic.
Entretanto, é vital entender que as movimentações da Selic não são o único fator a impactar o mercado imobiliário. Até o momento, os efeitos práticos dessa recente redução ainda não se refletiram no setor. Nenhuma instituição bancária anunciou, de maneira oficial, alterações em suas taxas de financiamento imobiliário.
A concessão de um financiamento imobiliário não é um processo simples e envolve uma série de critérios. Além da taxa básica de juros, os bancos avaliam variáveis como a renda familiar do solicitante, seu histórico e análise de crédito, e até mesmo o relacionamento prévio entre cliente e instituição.
Contexto atual
Dando continuidade a essa análise, uma pesquisa divulgada pelo portal Uol indica que, no contexto atual, com a Selic a 13,25%, a taxa média exigida pelos bancos para financiamentos imobiliários gira em torno de 11% ao ano. Uma retrospectiva interessante surge ao considerar o cenário de 2021, quando a taxa Selic estava em apenas 2% ao ano. Naquela conjuntura, a taxa média de financiamento imobiliário estava em 6,9%. Por outro lado, em 2023, com a Selic em seu pico de 13,75%, os juros cobrados se aproximavam de 11,4%, conforme dados fornecidos pelo Banco Central.
Para o consumidor brasileiro, compreender essas nuances é fundamental. Enquanto muitos se apressam em comemorar ou lamentar mudanças na taxa básica de juros, a realidade do mercado imobiliário demanda uma análise mais abrangente. Estar atento às variáveis e contar com a orientação de especialistas pode ser a chave para tomar decisões acertadas e garantir um bom negócio.
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