Passagem com preço reduzido? Um movimento inédito promete revolucionar a forma como os brasileiros viajam pelo país. A promessa de voos por apenas R$ 200, especialmente destinados a aposentados e pensionistas, está prestes a ganhar vida através do programa Voa Brasil. Mas o que se esconde por trás dessa iniciativa, e como ela se encaixa na visão mais ampla do governo para o setor de transportes?
Passagem mais barata
Márcio França, atual Ministro de Portos e Aeroportos, durante sua participação na cerimônia de abertura da 17ª edição da Navalshore – Feira e Conferência da Indústria Marítima, realizada no Rio de Janeiro, reforçou o comprometimento do governo em lançar o programa Voa Brasil ainda neste mês de agosto. A iniciativa tem o propósito de tornar as viagens aéreas mais acessíveis, principalmente fora dos períodos de alta temporada, aproveitando os assentos ociosos oferecidos pelas companhias aéreas.
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Dentro desse esquema, os beneficiários do programa poderão, por meio de um aplicativo, adquirir até duas passagens anuais, cada uma acompanhada de um bilhete para um acompanhante. França explicou que a ideia é beneficiar principalmente aqueles que não viajaram de avião no último ano, oferecendo assim a chance de usufruírem de até quatro passagens nesse período. Em sua fala, ele destacou que devido ao vasto número de potenciais beneficiários, o programa iniciará focando nos aposentados e pensionistas, já que representam um contingente significativo da população.
O Ministro também deu a entender que essa iniciativa não está isolada. Há uma colaboração planejada com o Ministério do Turismo, alinhada à visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Juntamente com a oferta de passagens aéreas mais acessíveis, espera-se que os hotéis proporcionem descontos durante a baixa temporada, estimulando assim o turismo interno. Esse fluxo adicional de turistas demandará preparativos especiais nos aeroportos para gerenciar um aumento no volume de passageiros. As estimativas iniciais sugerem a disponibilidade de cerca de 50 mil passagens mensais ao preço de R$ 200.
Problemas com empresas áreas
Mudando o foco, a empresa 123Milhas recentemente veio à tona por suspender a emissão de passagens para embarques programados entre setembro e dezembro. Sobre esse episódio, o ministro França expressou sua preocupação e informou que discussões estão em andamento com Flávio Dino, Ministro da Justiça e Segurança Pública, e o Ministério do Turismo, buscando uma solução para o impasse. Ele ponderou sobre a necessidade de regulamentações nesse segmento, ressaltando a responsabilidade inerente ao setor, que muitas vezes lida com os sonhos de viagem de muitos brasileiros.
A 123Milhas, por sua vez, assegurou que os clientes afetados serão compensados por meio de vouchers para futuras compras na plataforma. No entanto, a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon) entrou em ação, solicitando esclarecimentos da empresa e enfatizando que o reembolso não deve acarretar prejuízos aos consumidores e que a opção de voucher não pode ser a única alternativa.
Além das questões aéreas, França também fez questão de abordar a importância das hidrovias para o progresso nacional, ao participar da cerimônia de abertura da Navalshore. Ele visualiza as hidrovias como as “rodovias do futuro”, observando que o Brasil, que já conta com 17 a 18 mil km de hidrovias, poderia facilmente expandir essa infraestrutura para 45 mil km, desde que houvesse mais investimentos e conhecimento na área. Nesse contexto, ele deu destaque especial à Região Norte, indicando futuros investimentos significativos para melhorar os barcos que transportam milhões de pessoas nessa região.
No cenário atual de transportes no Brasil, iniciativas como o programa Voa Brasil e o investimento em hidrovias ilustram um governo engajado em melhorar a mobilidade, o turismo e a qualidade de vida de seus cidadãos.
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