O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que uma nova onda de calor está prevista para atingir o Brasil durante esta semana, afetando principalmente sete estados. Essa situação climática poderá resultar em registros de temperaturas excepcionalmente altas para o período de inverno no Hemisfério Sul. Enquanto as regiões como o Centro-Oeste, o interior do Nordeste e o centro-sul da Região Norte já estão familiarizadas com as condições quentes e secas em agosto, os efeitos dessa onda de calor deverão se propagar para Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com as projeções do Inmet.
As temperaturas máximas poderão se aproximar ou até mesmo superar a marca dos 40°C nos estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que serão as áreas mais impactadas. O ápice da onda de calor está previsto para ocorrer entre a quarta-feira (23) e a quinta-feira (24).
Em contraste com o período de calor intenso, a região Sul do Brasil se prepara para enfrentar uma onda de frio que está prevista para chegar mais para o final desta semana. Essa condição trará temperaturas baixas acompanhadas de possíveis episódios de chuvas intensas, que poderão se estender também às regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.
Sobre a onda de calor
Nas próximas décadas, o mundo poderá enfrentar uma ameaça de calor letal que tem o potencial de causar uma reorganização significativa das áreas habitadas atualmente. Um estudo publicado na revista Nature Sustainability lançou um alerta preocupante, impactando até mesmo as gerações atuais.
Recentemente, a pesquisa divulgada revelou que até o ano de 2100, a temperatura global provavelmente aumentará em cerca de 2,7ºC em relação aos níveis pré-industriais. Esse aumento representa um risco substancial, indicando que mais de dois bilhões de indivíduos podem estar sujeitos a condições extremas de calor que podem se mostrar fatais.
O estudo enfatiza que a chamada “zona de conforto climático” é um fator crucial para o desenvolvimento e sobrevivência da espécie humana. A falta dessa condição climática propícia pode gerar sérios desafios para as gerações vindouras. De acordo com a análise, países como Índia, Nigéria, Indonésia, Filipinas e Paquistão serão especialmente impactados.
A Índia, por exemplo, está prevista para enfrentar uma exposição ao calor intenso que afetará cerca de 600 milhões de pessoas. Esse alerta reforça a importância de ações globais para mitigar o aquecimento global e suas consequências para a saúde e bem-estar das populações ao redor do mundo.
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A causa das altas temperaturas
Um dos principais impulsionadores do aumento das temperaturas é o fenômeno conhecido como El Niño, um evento que ocorre a cada cinco ou sete anos e é caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Esse fenômeno tem impacto em diversas nações, incluindo o Brasil.
O El Niño é intensificado pelo fenômeno do aquecimento global, que é resultado do contínuo aumento das emissões de dióxido de carbono e outros gases poluentes na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Esse acúmulo ocorre devido a atividades como queima de combustíveis fósseis e desmatamento.
Para enfrentar as altas temperaturas, é aconselhável evitar a exposição direta ao sol, usando chapéus e outros acessórios quando sair durante o dia. Manter-se hidratado e evitar o consumo de bebidas alcoólicas também são medidas recomendadas, além de garantir a circulação de ar adequada em ambientes internos.
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