Trabalho: isso é TUDO o que deve mudar a partir de setembro

Muitas mudanças tem ocorrido no mercado de trabalho, mas o que esperar do terceiro trimestre?

  • A dificuldade no preenchimento de vagas em aberto;
  • A posição privilegiada dos bons profissionais;
  • O desafio da fidelidade;
  • O foco na marca empregadora;
  • Flexibilidade;
  • Empregos temporários.

As expectativas refletem uma mudança no equilíbrio entre empregado e empregador.

Veja o que deve mudar no terceiro trimestre do ano em relação as vagas de emprego. | Imagem: Drazen Zigic / freepik.com
Veja o que deve mudar no terceiro trimestre do ano em relação as vagas de emprego. | Imagem: Drazen Zigic / freepik.com

Escassez de trabalhadores qualificados

Conforme pesquisas reveladas, a taxa de desemprego dos profissionais qualificados (a partir dos 25 anos com ensino superior completo) foi de apenas 4,1% ao final do primeiro trimestre.

O índice de desocupação geral da população, que inclui essa categoria de profissional, foi de 8,8% no mesmo período.

Por mais que o cenário econômico não tenha a estabilidade esperada pelo mercado, os níveis de desemprego abaixo dos 5% reforçam que a oferta de talentos disponíveis é escassa, já que a maioria dos bons profissionais já se encontra trabalhando.

A consequência é prática: aqueles com bagagem técnica e comportamental apurada serão fortemente disputados entre as empresas.

Dificuldade de fechar vagas

As empresas ainda encontram dificuldade de preencher suas vagas com facilidade, ao esbarrarem no déficit de profissionais que o Brasil enfrenta, visto que o volume de formação de profissionais não consegue suprir as exigências do mercado na velocidade que é exigida.

Segundo uma pesquisa revelada, cerca de 24,76,8% dos recrutadores estão com dificuldades para contratar profissionais qualificados.

Entre os entrevistados para a pesquisa, 66% acreditam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 20% dizem que ele ficará mais desafiador.

Candidatos no comando

A tendência é que a dificuldade no preenchimento das vagas se torne ainda maior e uma das razões é a forte posição dos profissionais.

Os candidatos estão mais seguros em suas carreiras, têm mais clareza sobre seus objetivos profissionais e apresentam exigências cada vez mais altas para mudar de emprego.

A famosa contraproposta

Em alguns contextos, ao receber propostas, alguns candidatos podem dispensar a nova vaga de emprego, deixando seu ex-futuro empregador de mãos abanando e optar por continuar trabalhando com a antiga empresa.

Parte desse cenário se deve às negociações realizadas com o empregador para a permanência no trabalho, as chamadas contrapropostas.

Mais oportunidades para empregos temporários

Apesar da incerteza econômica, os recrutadores afirmam contar com profissionais contratados por tempo determinado e 40% dos profissionais alocados temporariamente nas empresas acreditam que terão mais oportunidades para atuar com projetos no próximo trimestre.

A relevância das oportunidades por projeto não deve ser subestimada: elas permitem que as empresas respirem nos períodos de pico, trazem experiência em situações estratégicas e devem ser uma solução quando cargos permanentes ficam vagos por um longo período.

A flexibilidade

Em prol de mais bem-estar, qualidade de vida e saúde mental, flexibilidade é o novo método do mercado de trabalho e esse definitivamente ainda será o primeiro tópico das salas de entrevista por um bom tempo.

Há profissionais que não cogitam mais prescindir dos modelos híbridos e 38% estão dispostos, até mesmo, a buscar um novo emprego na impossibilidade de uma atividade parcialmente remota.

Foco em identidade e valores

Para muito além de alta remuneração e benefícios atrativos, os candidatos escolherão empresas por sua identidade, seus valores e sintonia com as pautas mais latentes do mercado, diversidade e inclusão.

Dessa forma, o desafio de contar com profissionais alinhados à empresa, à vaga e ao perfil de gestão demanda investimento em processos de recrutamento estruturados e estratégicos.

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