Barata, mas vencida. O dilema sobre as cervejas com prazo de validade expirado é algo que muitos já enfrentaram. Ao se deparar com um estoque de garrafas ou latas de certo rótulo, é comum perceber que o limite de validade se aproxima ou já passou, impossibilitando a troca do produto. O que fazer? Saiba mais detalhes, logo abaixo sobre os mitos e verdades sobre a cerveja vencida.
Barato, mas duvidoso
O dilema que envolve a ‘utilidade’ das cervejas com prazo de validade expirado é algo que muitos já enfrentaram. Ao se deparar com um estoque de garrafas ou latas de certo rótulo, é comum perceber que o limite de validade se aproxima ou já passou, impossibilitando a troca do produto.
A questão que frequentemente vira tema de discussões está em torno dos possíveis riscos associados ao consumo de cervejas vencidas. A resposta a isso é clara: não há motivo para preocupações em relação à saúde, visto que a cerveja não se degrada da mesma maneira que alimentos afetados por microrganismos patogênicos.
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Você beberia?
No entanto, isso não implica que a cerveja esteja em seu auge de sabor e qualidade para ser consumida. Embora não represente perigo à saúde do consumidor, cervejas cuja validade expirou passam por notáveis alterações em suas características sensoriais. O sabor, cor, aroma e carbonatação sofrem influência do tempo, similar ao processo pelo qual nós, seres humanos, passamos. Inevitavelmente, ocorre um processo de oxidação na bebida, que em alguns casos pode até contribuir positivamente para seu perfil.
O que está por trás da validade
A definição do prazo de validade da cerveja se baseia no conceito de “shelf life”, o período durante o qual a bebida permanece adequada para o consumo após sua produção. Geralmente, é estabelecido pela legislação em 12 meses. Fabricantes que zelam pela qualidade de seus produtos frequentemente realizam testes em laboratórios para simular prazos de validade prolongados.
Dentro do universo cervejeiro, muitos possuem a curiosa prática de guardar cervejas mesmo após o vencimento. Isso visa explorar como a bebida evolui após longos anos. Uma experiência para saber se esse tipo de bebida melhora com o tempo, assim como o whisky ou vinho? Talvez. As experiências nesse sentido frequentemente revelam surpresas agradáveis ao abrir essas garrafas.
Contudo, é essencial seguir certos critérios ao realizar o armazenamento:
- Cervejas de maltes claros não são ideais para esse propósito, já que maltes escuros tendem a resistir melhor à passagem do tempo e oxidação, que se manifesta nelas de maneira aprazível.
- Cervejas de baixo teor alcoólico não resistem ao envelhecimento prolongado. Guardá-las com sucesso depende da presença de um teor alcoólico mais elevado, que contribui para sua conservação.
- Com o passar do tempo, cervejas tendem a perder até 95% de sua carbonatação, resultando em uma sensação plana ao serem abertas.
- O armazenamento adequado requer um ambiente escuro, sem umidade, isento de odores intensos e distante de produtos químicos.
Cervejas ‘eternas’
Certos estilos de cerveja possuem uma validade praticamente atemporal. Geuzes e Lambics são exemplos notáveis. As cervejas belgas ácidas de fermentação espontânea, com séculos de tradição, melhoram com o tempo. Tanto que suas etiquetas frequentemente indicam prazos de validade de 15 a 20 anos.
Em resumo, é seguro afirmar que cervejas com validade expirada não representam riscos à saúde ou qualidade duvidosa. Se uma oportunidade de adquirir cervejas a preços atrativos surgir, mesmo que o prazo de validade esteja próximo, não hesite em adquiri-las e saboreá-las sem preocupações. Saúde! e, obviamente, se beber, não dirija.
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