Utilizar cartão de crédito para sacar dinheiro em um caixa eletrônico pode causar um grande prejuízo a quem está habituado a tal prática, segundo especialistas. Conhecido como adiantamento em dinheiro, modalidade causa custos elevados e taxas de juros consideravelmente mais altas. Entenda melhor o tamanho do dano que este tipo de saque pode causa em seu bolso, logo abaixo.
Saques com bastante prejuízo
Em entrevista recente ao The Sun, um especialista em finanças afirmou que a prática de clientes bancários de utilizarem cartões de crédito para efetuar saques em caixas eletrônicos é um erro enorme, que só não será maior do que o prejuízo no bolso da própria pessoa. Saiba mais detalhes a seguir.
Entenda o quanto você perde
Conhecido como adiantamento em dinheiro, a prática acaba por causar custos elevados e taxas de juros infinitamente mais altas. No Reino Unido, os bancos frequentemente cobram taxas e juros em saques de dinheiro em caixas eletrônicos. Na verdade, um saque rápido de £20 pode custar até £3,92 em taxas e juros, de acordo com uma pesquisa realizada pela MoneyComms para o site de verificação de crédito TotallyMoney. No Brasil, as desvantagens dessa modalidade também não devem ser ignoradas, como você verá logo abaixo.
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A prática no Brasil
Em terras brasileiras, o prejuízo também é considerável. Muitas empresas podem gerar cobrança de uma tarifa para o quem está sacando, com valores de R$ 20 em média, por operação bancária. Mas não acaba por aí. Também há cobrança de juros referentes ao crédito rotativo, que geralmente são mais altos, com média de 15% ao mês em cima do valor devido.
Da mesma forma que no Reino Unido, o uso do cartão de crédito para saques no Brasil opera como um empréstimo oferecido pelo banco, acarretando encargos financeiros sob a forma de juros. As taxas de juros associadas a essa modalidade de transação são notavelmente elevadas, o que exige cautela extrema ao considerar essa alternativa.
A dinâmica desse processo é relativamente simples: em situações em que o saldo em conta é insuficiente para um pagamento em espécie, é possível recorrer ao saque utilizando o cartão de crédito. Para concretizar essa operação, é necessário acessar um terminal de caixa eletrônico e selecionar a opção correspondente ao saque por meio do cartão de crédito. Vale ressaltar que essa transação assemelha-se a um empréstimo pré-aprovado e está limitada ao teto de saque estabelecido.
O tamanho da consequência
A discrepância mais evidente entre o cartão de débito e o cartão de crédito está mais precisamente na quitação da dívida resultante do saque. Enquanto a ação de débito é imediatamente descontada, o valor referente ao saque com o cartão de crédito só é cobrado no momento do pagamento da fatura, previamente escolhida pelo titular. Nessa fatura, além do valor sacado, são incorporadas as tarifas de saque e os juros acumulados.
As despesas associadas a esse processo variam consideravelmente de acordo com a instituição financeira envolvida. Confira um panorama das possíveis discrepâncias de valores logo abaixo:
- Cartão 1: Isento de tarifas para saque; taxas de juros escalando até 14% por mês; IOF a 6,38%;
- Cartão 2: Taxa de saque de R$10,00; taxas de saque oscilando entre 10,80% e 17,99%; taxa de juros rotativo até 9,89%.
Conforme mencionado logo acima, existem distintos modelos de cobrança e faixas de preço para essa modalidade de operação, motivando a importância de consultar o banco e avaliar as alternativas mais vantajosas antes de proceder ao saque.
Em relação à viabilidade de adotar essa prática, é crucial considerar os juros, que são o componente central de qualquer empréstimo. Entretanto, os juros inerentes ao saque com cartão de crédito são excepcionalmente elevados, competindo com as taxas cobradas em operações de cartão de crédito rotativo e cheque especial. As taxas de juros associadas ao saque excedem frequentemente 10% mensais, no mínimo.
Busque outras alternativas
Para situações em que a conta bancária encontra-se no vermelho e uma injeção de fundos é vital, alternativas com taxas mais acessíveis podem ser consideradas para evitar o acúmulo de dívidas significativas no futuro. Algumas dessas opções incluem:
- Empréstimo com garantia de imóvel;
- Crédito consignado;
- Antecipação do 13º salário;
- Penhora de bens;
- Antecipação do imposto de renda.
Em face dos custos expressivos, a utilização do cartão de crédito para saques deve ser tratada como último recurso em situações de emergência e extrema necessidade. Organização financeira e elaboração de um plano coerente podem auxiliar na quitação de dívidas e garantir uma vida compatível com a realidade econômica do indivíduo.
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*Com informações do The Sun