Superfungo na mira da Anvisa – O surto do fungo Candida auris nos hospitais de Pernambuco, uma ameaça emergente que tem alarmado autoridades de saúde, foi objeto de uma intensa missão técnica conduzida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entre os dias 26 e 28 de julho. Esta notícia deve acender um sinal de alerta para o sistema de saúde, uma vez que o fungo, associado a sintomas como febre, tontura e dificuldade para respirar, requer um combate estratégico e coordenado.
Anvisa analisa casos de superfungo no Brasil
Durante a missão, foram notificados 10 casos confirmados de Candida auris, distribuídos em quatro surtos distintos em hospitais da região, incluindo o Hospital Miguel Arraes, o Tricentenário em Olinda, o Real Português e o da Restauração. Para que o surto seja considerado encerrado, os hospitais precisarão manter a vigilância sobre os pacientes por um período de 6 meses.
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A Anvisa, em colaboração com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), realizou visitas técnicas a esses hospitais com o objetivo de entender as medidas tomadas para o controle dessa infecção. O enfoque principal foi na C. auris, e a missão contou com a presença de servidores da Anvisa e do diretor Alex Machado Campos.
O Candida auris é um superfungo que se transmite pelo contato direto com pessoas infectadas ou objetos. A identificação e o combate a esse fungo requerem uma abordagem sistemática, considerando seus sintomas complexos e mecanismos de transmissão.
Entre as principais medidas tomadas pelos hospitais para controlar os surtos, destacam-se o reforço nas ações de limpeza e desinfecção de superfícies, higiene de mãos, coleta de amostras para vigilância dos contatos de casos positivos e manutenção das medidas de precaução padrão.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco, junto com o Lacen de Pernambuco, também desempenhou um papel crucial na contenção do surto. Eles prestaram suporte na regulação de pacientes para desafogar hospitais com surto, disponibilizaram insumos para coletas e analisaram resultados. Além disso, publicaram notas técnicas com orientações para os hospitais da região.
No nível nacional, a Anvisa coordenou uma força-tarefa e organizou reuniões para apoiar o controle do surto. Isso incluiu a revisão das recomendações nacionais para identificação, prevenção e controle dos surtos de C. auris em serviços de saúde, conforme a Nota técnica 02/2022 GVIMS/GGTES/Anvisa. Também houve suporte técnico dos especialistas da rede nacional que apoiam a Anvisa na identificação do fungo.
Controle de surtos
O controle desses surtos ainda é um trabalho em andamento. O monitoramento nacional e a força-tarefa criada permanecerão vigentes por mais 6 meses desde o último caso confirmado. As reuniões com a força-tarefa nacional serão conduzidas conforme a demanda de suporte técnico pelo estado de Pernambuco e a necessidade de acompanhamento das ações pela Anvisa e Ministério da Saúde.
Este caso destaca a importância da vigilância contínua e da colaboração entre diferentes órgãos de saúde para conter ameaças emergentes. A resposta coordenada e abrangente a esse surto de Candida auris em Pernambuco serve como um modelo para futuros desafios na área de saúde pública e enfatiza a necessidade de estar sempre alerta e preparado para enfrentar novas ameaças à saúde.
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