De olho em proteger o consumidor com o que vai ou não a sua mesa, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), determinou que uma conhecida marca de macarrão fosse retirada das prateleiras por conter uma substância altamente tóxica para o consumo humano. O caso é semelhante ao da cervejaria Backer, que, em 2019, produziu a bebida com uma substância igualmente tóxica, vitimando 10 pessoas. Saiba mais sobre o novo caso de contaminação logo abaixo.
De olho no que vai à sua mesa
A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), determinou que uma conhecida marca de macarrão fosse arrancada das prateleiras por conter uma substância altamente tóxica para o consumo humano.
Segundo informações do portal G1, no final de setembro do ano passado, o produto da marca Keishi, da BBBR Indústria e Comércio de Macarrão com data de fabricação entre 25 de julho e 24 de agosto de 2022, teve que ser recolhido das prateleiras por ter sido encontrado em sua produção o aditivo alimentar propilenoglicol, da marca Tecno Clean Industrial Ltda, considerado uma substância tóxica à saúde.
Após uma inspeção da Anvisa, foi identificado que a empresa adquiriu e usou o propilenoglicol como ingrediente na linha de produção de suas massas. No começo de setembro do ano passado, a Anvisajá havia determinado o recolhimento e proibição da comercialização, distribuição, manipulação e uso de dois lotes do propilenoglicol (AD5035C22 e AD4055C21) contaminados por etilenoglicol, outra substância com alto nível de toxicidade.
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O QUE DIZ A EMPRESA?
Em um comunicado oficial, a empresa se defendeu e tentou passar tranquilidade aos seus consumidores na época. Veja abaixo:
“A Keishi sempre primou pelo controle rigoroso da qualidade de seus produtos”, iniciou. Neste episódio, a Anvisa proibiu a comercialização dos produtos fabricados no período de 25/07/2022 a 24/08/2022, com uso da suposta substância contaminada.
“Este lote corresponde a pouco mais de 1% do total dos produtos fabricados e vendidos pela Keishi no período”, esclareceu a empresa, informando que a ação da Anvisa é preventiva e pontual e não houve nenhuma ordem para paralisar as atividades ou interditar a fábrica da empresa.
“Esclarece, outrossim, que a Keishi está colaborando com a Anvisa e Vigilância Sanitária no rastreamento e recolhimento dos produtos e elucidação dos fatos, visando evitar problemas futuros e preservar a saúdo dos nossos consumidores”, pontuou a famosa marca de macarrão.
“A Keishi continua operando normalmente, oferecendo a seus clientes/consumidores produtos de qualidade com segurança que tem sido a marca registrada dos seus produtos”, concluiu a nota.
Caso Backer
Em janeiro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciava a interdição de cervejas da famosa marca mineira Backer, cuja data de validade fosse igual ou posterior a agosto de 2020. A decisão se deu após análises apontarem contaminação em algumas cervejas. No portal da Anvisa, a instituição expôs mais detalhes que foram divulgados pelo G1.
“A decisão da Agência veio após uma nova divulgação de análises feitas pelo Ministério da Agricultura, que comprovou a contaminação pelas substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol em 21 lotes de oito marcas diferentes de cerveja da empresa”, informou a Anvisa no dia 17 de janeiro de 2020.
Segundo a reportagem do portal, substâncias proibidas foram encontradas na cerveja Belorizontina, que era vendida como Capixaba no Espírito Santo. Dez mortes por intoxicação após o consumo da cerveja foram confirmadas, e outras milhares de pessoas ficaram internadas na ocasião.
Ainda naquela época, o Ministério da Agricultura havia determinado o recolhimento de todas as cervejas da Backer das prateleiras. A notícia assustou muitos consumidores que compravam com regularidade a bebida e ainda tinham o produto denunciado em suas geladeiras.
Em maio de 2022, após anunciar sua volta à produção de cervejas, a empresa foi multada em R$ 12 milhões pelo Ministério da Justiça por não realizar recall de produtos contaminados e violar os direitos do consumidor.
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O que fazer ao encontrar algum produto estragado?
É comum que ao encontrar algo estragado, a primeira ação da pessoa seja jogar fora, para se livrar daquela comida o quanto antes. Todavia, a ação mais correta é outra. Já que o Código de Defesa do Consumidor garante que o estabelecimento comercial realize a substituição imediata ou a devolução do valor integral.
Ao se deparar com o produto, leve imediatamente a quem vendeu-o. De preferência, com a nota fiscal em mãos. E caso ele não queira realizar a troca ou devolução do dinheiro, é aconselhável realizar uma denúncia.
De qualquer modo, ingresse com uma ação no Procon ou no Ministério Público, já que isso, pode colocar em risco a saúde de várias pessoas, inclusive, a sua. Por isso, órgãos de vigilância sanitária devem ser avisados.
O que fazer após ingerir alguma comida estragada?
É comum que as pessoas fiquem desorientadas após ingerir um alimento estragado, todavia, há um “protocolo” que pode ser seguido para evitar maiores complicações. Após perceber que o alimento está estragado, verifique se você apresentou algum desses sinais:
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Dor abdominal;
- Febre.
Caso tenha apresentado, procure de imediato uma Unidade de Pronto Atendimento, para que haja a avaliação médica do caso. Na maioria das vezes, o problema pode ser resolvido apenas com o uso oral de soro, mas pode ser que em casos mais graves, seja necessário medidas mais drásticas.
Caso você não tenha apresentado os sintomas citados, fique em casa, descanse, beba bastante líquido e pronto, seu corpo irá se recuperar em breve. Mas lembre-se: dor e febre nunca é um bom sinal, sentiu isso? vá para o hospital.
Três chás naturais que podem ajudar a aliviar a dor no estômago
Ao comer algo estragado, é comum que comece a apresentar alguns sintomas característicos, sendo um deles, uma grande dor na região do estômago. E para isso, nada melhor do que ingerir alguns chás naturais que possuem propriedades calmantes e digestivas.
O chá de boldo provavelmente é o mais conhecido, já que a planta estimula o fígado a metabolizar as gorduras, deixando-as menores e isso facilita na eliminação delas.
Além disso, há a erva doce, que estimula a produção de alguns líquidos intestinais, que ajudam no processo digestório.
Por fim, há o chá de hortelã-pimenta, que consegue equilibrar os espasmos intestinais, o que alivia bastante as dores sentidas no processo. Portanto, ao sentir dores na região do estômago, sempre lembre desses três chás.