Itens que já foram considerado luxo em um carro – Se existe uma verdade universal, é que os tempos mudam – e o setor automotivo não é exceção a essa regra. Há um tempo, comprar um carro sem quaisquer acessórios adicionais, ou seja, “pelado”, era a norma. Entretanto, nos últimos anos, os consumidores têm exigido mais dos veículos que adquirem. As pessoas não apenas anseiam por um transporte de um ponto para outro, mas buscam conforto, eficiência e comodidade. Neste artigo, analisaremos cinco exigências cada vez mais comuns que os compradores de automóveis têm demandado.
Antigamente, estes itens eram vistos apenas em um carro de luxo
Na era moderna, até os veículos mais econômicos, como o Renault Kwid e o Fiat Mobi, vêm equipados com funcionalidades que antigamente eram vistas como opcionais de luxo, tais como direção assistida, ar-condicionado, vidros e travas elétricas. Um bom exemplo dessa evolução é o Volkswagen Santana, um popular sedã de luxo dos anos 1980 aos 2000, que oferecia tais itens como opcionais.
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A ascensão da direção elétrica é um fenômeno interessante. Muitos motoristas, incluindo o autor deste artigo, podem se lembrar de dirigir um carro sem assistência na direção. No entanto, com a introdução da direção assistida, a experiência de dirigir transformou-se em algo menos físico e mais prazeroso. Hoje, a preferência do consumidor mudou para a direção elétrica, que não está interligada ao motor do carro, contribuindo para a eficiência do veículo e oferecendo ainda mais leveza nas manobras.
A transmissão automática é outro recurso que tem sido cada vez mais demandado pelos consumidores. A ideia de que carros automáticos são para aqueles que não sabem dirigir, ou que eles consomem mais combustível e têm baixo desempenho, foi desbancada. A experiência de conforto no trânsito e a facilidade em situações de anda e para tornaram o câmbio automático um recurso essencial para muitos motoristas. Exceto pelos veículos de entrada, a transmissão automática tornou-se padrão na maioria dos carros, especialmente entre aqueles dispostos a pagar um pouco mais por esse conforto.
Em relação aos motores, tem-se visto uma tendência de consumidores preferirem motores menores e turbinados em detrimento de motores grandes e aspirados. A eficiência do turbo, capaz de entregar mais torque e um consumo de combustível melhor, fez dessa opção a preferência de muitos. Essa mudança é evidente nos dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que mostram que apenas 1,92% dos carros de passeio emplacados em um ano recente possuíam cilindrada acima de 2 litros.
Clientes mais exigentes
Outra exigência crescente diz respeito aos estofados dos veículos. A preferência do consumidor tem se inclinado para os bancos de couro, apesar das críticas em relação à qualidade dos materiais sintéticos utilizados. A facilidade de limpeza é um atrativo para muitos, embora os bancos de tecido ofereçam vantagens como melhor troca de calor e maior conforto.
Por fim, a corrente de comando no sincronismo do motor tem se tornado uma exigência para muitos consumidores. Essa preferência se deve à durabilidade da corrente, que, na teoria, tem o mesmo tempo de vida útil do motor, ao contrário das correias dentadas, que exigem trocas periódicas e possuem altos custos de reparo em caso de quebra.
Assim, pode-se concluir que a exigência dos consumidores por veículos mais completos, confortáveis e eficientes é uma tendência que está moldando o setor automotivo. Conforme a indústria evolui para atender a essas demandas, é possível que vejamos uma proliferação ainda maior de carros equipados com esses e outros recursos no futuro.
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