Ciclone voltará ao Brasil? Os brasileiros em várias partes do país acordam nesta quarta-feira, 26 de julho de 2023, com expectativas climáticas variadas, um reflexo da diversidade geográfica da nação. Desde a massa de ar seco predominante em boa parte do país até o crescimento de nuvens de chuva no extremo norte e litoral nordestino, os fenômenos meteorológicos apontam para uma abrangência de condições que exigem atenção de todos, desde os agricultores até os planejadores urbanos.
Novo ciclone terá efeitos no Brasil?
Uma vasta massa de ar seco continua exercendo forte influência sobre o Brasil, inibindo a formação de grandes nuvens e, consequentemente, a ocorrência de chuvas na maior parte do país. Esse fenômeno é especialmente marcante no Sudeste, onde a umidade do ar é particularmente baixa. O dia promete ser ensolarado na maior parte desta região, com a possibilidade de pancadas de chuva fracas e concentradas em pequenas áreas, como nas regiões mineiras do Vale do Rio Doce, do Vale do Jequitinhonha, na Zona da Mata Mineira, no Espírito Santo, na serra e no Norte/Noroeste do Rio De Janeiro.
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O Centro-Oeste, região conhecida por seu clima tropical, segue o padrão observado no Sudeste, com a massa de ar seco atuando de maneira acentuada. As regiões de Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal desfrutarão de um dia majoritariamente ensolarado. A exceção na região é o estado do Mato Grosso do Sul, onde uma leve nebulosidade e pancadas de chuva podem ocorrer no sul do estado, devido à influência de áreas de instabilidade entre o Paraguai, o Sul do Brasil, a Argentina e o Uruguai.
Entretanto, a massa de ar seco não é o único fenômeno meteorológico em destaque. Nuvens de chuva mostram-se cada vez mais presentes pelo litoral do Nordeste e no extremo norte da Região Norte do Brasil, trazendo precipitações durante o dia pelo leste e litoral da Bahia, em todo o litoral, zona da mata e agreste, de Sergipe até o litoral do Ceará e também no litoral do Maranhão. Também há previsão de chuva no extremo norte do Amazonas, nas áreas próximas da fronteira com a Colômbia e a Venezuela, em Roraima, no Amapá e no extremo norte e litoral do Pará.
Áreas de instabilidade
Nesta quarta-feira, o país também deve ficar de olho em áreas de instabilidade que se organizam entre o Sul do Brasil, o Uruguai, o norte e o leste da Argentina e o Paraguai. Essas áreas devem se organizar como uma frente fria e um ciclone extratropical ao longo do dia. O novo ciclone, que deve se formar sobre o mar, no litoral do Uruguai, não terá impacto severo no Rio Grande do Sul, como ocorrera com os ciclones anteriores em julho e junho.
Para a Região Sul, a previsão indica a formação de áreas de instabilidade, com possíveis pancadas de chuva no sudoeste e sul do Rio Grande do Sul, que devem diminuir à medida que o dia avança. Ainda há previsão de chuvas no centro, leste e norte do estado, embora o sol possa dar as caras em alguns momentos. Em Santa Catarina e em quase todo o Paraná, o sol deve predominar na maior parte do dia, com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite.
Os alertas meteorológicos para esta quarta-feira incluem atenção para chuva moderada a forte nas capitais Porto Alegre e Boa Vista, bem como chuvas moderadas no litoral da Bahia e rajadas de vento entre 50 km/h e 60 km/h no Rio Grande do Sul, no centro, sul e leste de Santa Catarina. Há também um alerta para o ar muito seco, com níveis de umidade entre 11% e 20% no noroeste e norte de Goiás, no centro-leste e nordeste de Mato Grosso, no Tocantins, no extremo sul do Maranhão e do Piauí. Finalmente, a Marinha emitiu um alerta de ressaca entre Rio Grande (RS) e Mostardas (RS), com ondas que podem chegar a 2,5 metros.
Neste cenário de variações climáticas expressivas, fica evidente a complexidade do clima brasileiro, sendo de suma importância a atenção dos cidadãos às previsões e alertas meteorológicos.
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