Lançado para bater de frente com o Twitter, de Elon Musk, o Threads, de Mark Zuckerberg se viu em um início meteórico, caindo na mesma velocidade que subiu, e com uma perda de engajamento de aproximadamente 70%, segundo analistas. Continue lendo para saber o que pode ter levado o novo app da Meta ao fracasso tão cedo e o que o aguarda no futuro.
Threads, o sonho de uma noite de verão
Nascido para bater de frente com o Twitter que, por insistência, foi comprado pelo bilionário Elon Musk, o aplicativo Threads, criado pela Meta, empresa do jovem magnata Mark Zuckerberg foi um fio de esperança para aqueles que achavam que o aplicativo traria mais recursos do que o Twitter já não tinha mais interesse em proporcionar aos usuários.
No entanto, parece que a ascensão foi de fato meteórica e o Threads está caindo na mesma velocidade que subiu, quando milhares de usuários baixaram o app concorrente do passarinho azul (ou futuro X) em julho, atingindo o recorde de aplicativo mais baixado da história em um curto espaço de tempo.
A causa do precoce fracasso pode ser analisada justamente observando o relato de usuários que usaram o app vorazmente logo nos primeiros dias após o lançamento. Segundo afirmam, o Threads se parece exatamente como o Twitter em suas primeiras etapas. Onde o feed é inofensivo, ausente de bots e as publicações curtas parecem montar um haikai (poesia curta) coletivo.
O app parece um recém-nascido e ainda tem um longo caminho a percorrer para aperfeiçoar a experiência. Essa é exatamente a sua principal atração, mas também é o maior problema para muitos. Na verdade, a questão já poderia ser considerada relativamente grave, com um expressivo colapso registrado no uso da plataforma pelos usuários após o seu ruidoso e popular lançamento.
Entenda abaixo os números que escancaram o fracasso da nova plataforma da Meta.
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Threads cai seriamente: há uma necessidade urgente de melhorias na sua interface
De acordo com um artigo do Wall Street Journal, o Threads, aplicativo da Meta criado especificamente com o objetivo de servir como uma alternativa mais atraente para a comunidade do Twitter, experimentou uma queda de quase 70% no número de usuários ativos diariamente.
Os dados de tráfego, coletados pela empresa de inteligência de mercado Sensor Tower, revelam que o maior pico de atividade ocorreu em 7 de julho de 2023, mas duas semanas após o seu lançamento o alcance, uso e interação teriam colapsado completamente.
Agora, após o furor inicial, o número de usuários ativos diários do Threads é de aproximadamente 13 milhões. Uma quantidade interessante para outras plataformas, mas inofensiva se comparada aos 44 milhões de contas ativas registradas em 7 de julho.
Para dimensionar melhor o impacto, o Twitter, com toda a gestão controversa de Elon Musk, registra cerca de 200 milhões de contas ativas por dia, que passam cerca de 30 minutos dentro da rede social.
Por outro lado, nos Threads, os poucos usuários ativos teriam um tempo médio diário dedicado à aplicação de apenas quatro minutos. Nem mesmo no seu pico mais alto, eles conseguiram alcançar o Twitter, registrando apenas um tempo médio de 19 minutos de uso.
A principal razão para este declínio seria a ausência de funções básicas ausentes, como a inexistência de uma versão de desktop, a ausência de hashtags e a incapacidade de procurar tópicos em vez de apenas usuários, entre outras coisas.
Os executivos da Meta disseram ao jornal que esperavam uma queda no uso e que estão planejando novas funções para manter os usuários no aplicativo. Com esses números, é melhor se apressarem com as inovações e esperar por um milagre.
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